Pages - Menu

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Empresa israelense treina ratos farejadores para detectar explosivos em aeroportos


Empresa israelense treina ratos farejadores para detectar explosivos em aeroportos
""
Uma empresa israelense desenvolveu uma técnica nova para detectar explosivos e drogas, baseada no olfato de ratos treinados.
De acordo com o diretor da Bioexplorers, Israel Alva, os ratos têm um olfato tão aguçado como o dos cães, porém sua manutenção é muito mais barata e o treinamento é bem mais rápido.
Alva desenvolveu um mecanismo que tem a mesma aparência dos aparelhos para detectar metais utilizados nos aeroportos, mas, em vez de raio-X, há ratos treinados que detectam cheiros suspeitos.
Alva explicou à BBC Brasil que os ratos são colocados em um espécie de gaveta que fica atrás de uma parede.
A pessoa a ser examinada entra em uma cabine e é submetida a uma rajada de ar que é expelida por uma espécie de ventilador. O ar, que se impregna com os odores da pessoa, entra por orifícios na parede e chega até os ratos.
Ao detectar odores suspeitos, os ratos são condicionados a subir para o 'andar' superior da gaveta.
'É como se, em vez de um focinho (de cachorro), tivéssemos oito focinhos examinando a pessoa ou o objeto', disse Alva e explicou que, em cada gaveta, são colocados oito ratos.
Sinal vermelho
Quando mais de três ratos reagem positivamente ao cheiro, o mecanismo é acionado indicando que há substâncias suspeitas, e uma lâmpada vermelha se acende.
A partir desse momento, o trabalho passa para as forças de segurança, que irão examinar mais detalhadamente a pessoa considerada suspeita.
Quando não há nenhum cheiro suspeito, os ratos não se deslocam para a prateleira superior e se acende uma luz verde.
De acordo com Alva, ratos podem ser treinados a detectar qualquer tipo de cheiro, como explosivos, drogas ou qualquer outra substância.
A empresa expôs a técnica pela primeira vez ao público durante uma conferência internacional de Segurança Nacional, que está sendo realizada nesta semana em Tel Aviv.
O mecanismo com os ratos treinados tornou-se a principal atração da conferência.
Alva, que é especialista em comportamento de animais, afirma que a nova técnica não causa prejuízo à saúde das pessoas pois não as expõe a radiação alguma.
Os ratos, denominados 'biosensores', vivem cerca de dois anos, e são usados pela empresa durante 18 meses.
O treinamento básico dos ratos dura cerca de duas semanas, e pode-se acrescentar um número ilimitado de cheiros a serem detectados.
Para cada cheiro novo, é necessário um treinamento adicional de alguns dias. Segundo Alva, a eficácia do sistema é 'quase total' e há um índice 'quase nulo' de alarmes falsos.
A manutenção do sistema é barata e cada gaveta deve ser aberta apenas uma vez a cada duas semanas, para a colocação de comida e água e limpeza.
Alva também disse que houve questionamentos por parte de associações pelo bem-estar dos animais, mas, segundo ele, 'a vida dos nossos ratos é relativamente boa'.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.