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quinta-feira, 31 de julho de 2014

São Paulo não empolga de novo, mas se salva com gol contra e pênalti e bate o Bragantino

São Paulo derrota Bragantino e abre vantagem

Dia histórico de Muricy Ramalho, que se tornou o segundo treinador com mais jogos pelo clube, com 423 partidas. Adversário há sete jogos sem vencer e na vice-lanterna da segunda divisão. O São Paulo teve o cenário perfeito para voltar a vencer no segundo semestre. Como de fato conseguiu, mas sem brilho, sem empolgar e com certa dose de sofrimento.

Na noite desta quarta-feira, o time do Morumbi venceu o Bragantino por 2 a 1, no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Bruno Recife (contra), e Alexandre Pato, de pênalti, salvaram a noite sem brilho do time da capital paulista. Luisinho, no fim, descontou.
Pato, aliás, melhorou um pouco o seu histórico de gols pelo clube do Morumbi. O tento marcado contra a equipe do interior foi o quarto em 17 jogos pela equipe. Considerando seu alto salário, cada um dos seus gols valeu até aqui RS 701,25 mil.
A partida ainda teve sabor especial para dois atletas do elenco. O atacante Ademilson completou 100 jogos pelo clube, o 205º atleta no clube a alcançar a marca. Já o capitão Rogério Ceni conquistou sua 600ª vitória em 1.151 jogos pelo time.
O jogo de volta contra o Bragantino está marcado para o dia 13 de agosto, quarta-feira, no Morumbi. Antes, no sábado, o São Paulo recebe o Criciúma, no Morumbi. Um dia antes, o Bragantino visita a Ponte Preta, em Campinas.

O jogo

Nesta quarta-feira, uma série de desfalques forçou Muricy Ramalho a fazer mudanças no São Paulo. Além de Alan Kardec, impedido de atuar por já ter defendido o Palmeiras nesta edição do torneio, o treinador ficou sem Kaká, que acusou dores na panturrilha direita, e já não tinha também Luis Fabiano e Antônio Carlos, sem contar o reserva Osvaldo, outro sob os cuidados do departamento médico. Alexandre Pato, Maicon e Paulo Miranda ganharam chances.
As três novas caras deram ao time também um novo desenho tático. Muricy escalou três zagueiros (Paulo Miranda entrou para ajudar Rafael Toloi e Rodrigo Caio, que deixou o meio-campo a cargo de Maicon). Os laterais Douglas e Álvaro Pereira, então, receberam maior liberdade para chegar ao ataque, que não teve um homem centralizado - apesar de atuar um pouco mais adiantado do que Ademilson, Pato não esteve fixo dentro da área.
Com bola rolando, a impressão é de que, qualquer que fosse a disposição tática pensada por Muricy, o Bragantino (treinado interinamente por André Gaspar, por conta da contratação ainda muito recente de Paulo César Gusmão) não ofereceria perigo. Mas o São Paulo, apesar do controle absoluto da bola, tinha à frente uma formação muito comprometida com a marcação, abdicando quase que completamente do ataque.
A primeira finalização são-paulina a gol - a única correta em quatro tentativas antes do intervalo - saiu aos 15 minutos, quando Pato buscou bola na intermediária, tabelou com Ganso em velocidade, chutou e ganhou escanteio. O próprio atacante fez a cobrança, pelo lado esquerdo, e viu o lateral esquerdo do Bragantino, Bruno Recife, abrir o placar: ameaçado pela presença de Rodrigo Caio, ele cabeceou contra a própria meta e vazou o goleiro Renan.
O gol não abriu espaços para o São Paulo. Foi preciso Rodrigo Caio, orientado por Rogério Ceni, deixar a defesa e surpreender além do meio-campo. Logo na primeira subida, aos 31 minutos, o zagueiro, que tem grande experiência como volante, encontrou Pato na área. O atacante ajeitou de calcanhar para Ganso tocar de leve na bola e quase encobrir Renan, que, atento, deu um passo para trás e espalmou para escanteio. Após a cobrança, porém, o goleiro deu um soco estranho na bola e quase marcou outro gol contra.
Nos minutos finais da primeira etapa, a equipe do interior, enfim, exigiu atenção de Ceni. No primeiro lance, ao notar bom lançamento para Luizinho, o goleiro são-paulino deixou a meta para afastar a bola pela lateral. Já aos 42 minutos, nada pôde fazer além de torcer: após cobrança de escanteio pelo lado direito, Robertinho desviou de cabeça no travessão. A bola ainda resvalou em Luizinho, em cima da linha, e saiu pela linha de fundo.
A entrada do atacante Léo Jaime, no intervalo, melhorou o Bragantino momentaneamente no início do segundo tempo. Aos cinco minutos, Ceni tentou se antecipar em lançamento para Léo Jaime, mas o adversário conseguiu virar a bola para Luizinho, que teria conseguindo o empate não fosse o chute fraco e a ótima recuperação do goleiro.
Mais ofensivo, o time mandante deu equilíbrio ao jogo. Por outro lado, ficou mais exposto. Aos dez minutos, em uma rápida chegada, Ganso deixou a bola passar a Douglas, que bateu de primeira, por cima do travessão. Cinco minutos depois, o próprio meia foi acionado na entrada da área, avançou em velocidade e chutou rasteiro e cruzado. Renan espalmou e viu a defesa cortar.
Após nova subida do Bragantino, a resposta são-paulina quase garantiu o segundo gol. Não fosse Pato colocar o pé na bola após forte arremate rasteiro de Ademilson à distância.
O atacante acertaria o pé aos 31 minutos, quando recebeu a missão de cobrar pênalti sofrido por Álvaro Pereira. Um chute forte no canto direito ampliou a vantagem, diminuída sete minutos mais tarde por Luizinho, depois de cruzamento rasteiro de Léo Jaime. A reação, no entanto, não foi além.

FICHA TÉCNICA:

BRAGANTINO 1 X 2 SÃO PAULO

Local: Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto (SP)
Data: 30 de julho de 2014 (quarta-feira)
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Thiago Duarte Peixoto (SP)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP) e Fábio Rogério Baesteiro (SP)
Cartões amarelos: Tobi, Robertinho, Francesco, Nunes e Alexandre (Bragantino); Rodrigo Caio e Álvaro Pereira (São Paulo)
Gols: BRAGANTINO: Luizinho, aos 38 minutos do segundo tempo

SÃO PAULO: Bruno Recife (contra), aos 16 minutos do primeiro tempo, e Alexandre Pato (pênalti), aos 31 minutos do segundo tempo

BRAGANTINO: Renan; Robertinho, Tobi, Alexandre e Bruno Recife; Francesco, Geandro, Gustavo (Léo Jaime) e Magno Cruz (Sandro); Luizinho e Cesinha (Nunes)
Técnico: André Gaspar (interino)

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rodrigo Caio e Rafael Toloi; Douglas, Souza, Maicon, Ganso e Álvaro Pereira; Ademilson e Alexandre Pato
Técnico: Muricy Ramalho

Fonte: MSN

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