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quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Pelo sétimo ano consecutivo, seca continuou castigando o RN


Em janeiro deste ano, 16 cidades do oeste do Rio Grande do Norte entraram em colapso de abastecimento e deixaram de receber água da Companhia de Águas e Esgotos do Estado, que passou a operar a Adutora Médio Oeste com 50% de sua capacidade. Este foi o sétimo ano de seca na região.

Os municípios mais afetados foram os do Alto Oeste e do Seridó, como Almino Afonso; Francisco Dantas; João Dias; José da Penha; Luiz Gomes; Marcelino Vieira; Paraná; Pilões; Rafael Fernandes; São Miguel; Tenente Ananias; Patu; Messias Targino; Cruzeta; Jardim do Seridó e Santana do Matos. Na ocasião, a Caern informou que 82 cidades estavam sendo abastecidas por meio de rodízio.
A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) era de que, até março, as chuvas ficariam abaixo da média e que, mais uma vez, haveria má distribuição dessas chuvas na região. A situação dos reservatórios foi considerada grave.
Segundo a Companhia de Águas e Esgotos, a área anteriormente alagada, onde ficava a captação da Adutora Médio Oeste, teve que avançar 6 quilômetros dentro da barragem, para chegar ao local em que seria possível operacionalizar a retirada do produto. A captação de água passou a ser feita diretamente no canal do Rio Piranhas-Açu.
De acordo com a empresa, os municípios mais prejudicados foram Messias Targino e Patu, os mais distantes em relação ao ponto de captação da água. A redução no volume da Barragem Armando Ribeiro não permitiu mais o atendimento dos municípios destas duas cidades”, disse, na época, a Companhia de Águas e Esgotos.
Em nota, a Caern ressaltou que sua responsabilidade no fornecimento de água acaba no momento em que a fonte fica comprometida, cabendo aos governos municipais e estadual resolver o problema. A água foi entregue nesses municípios por meio da Defesa Civil.
O Gabinete Civil do Rio Grande do Norte explicou que, ao ser comunicada do colapso no abastecimento de água, a Defesa Civil estadual passou a atuar por meio da Operação Vertente, que levava água em caminhões-pipa. A primeira fase da Operação Vertente foi de setembro de 2016 a fevereiro de 2017 e custou R$ 4 milhões.
A segunda fase, que teve o investimento de R$ 12,7 milhões, iniciou em junho de 2017 e encerraria em fevereiro deste ano. Todos os recursos eram oriundos do Ministério da Integração Nacional.
A água usada pela Defesa Civil foi captada em poços da Companhia de Águas e Esgotos nas cidades de Vera Cruz e Apodi, que teve sua potabilidade atestada por laudos para que não oferecesse riscos à saúde dos beneficiários. Os caminhões também passaram por vistoria dos agentes da Defesa Civil para evitar o comprometimento da qualidade da água.
O governo estadual ainda empreendeu outras ações, como a perfuração de poços, implantação de dessalinizadores, construção de adutoras e outros programas de acesso à água. 

Por nominuto.com




* Jair Sampaio

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