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sábado, 23 de fevereiro de 2019

Policial é presa em flagrante entrando com produtos para fazer churrasco em Presídio no Rio de Janeiro.

Itens foram apreendidos na tarde deste sábado, e entrariam na unidade prisional em latas de lixo

A direção do Batalhão Especial Prisional (BEP) da Polícia Militar, onde está preso o ex-governador Luiz Fernando Pezão (MDB), prendeu, na manhã deste sábado, uma policial militar entrando na unidade prisional com material para fazer um churrasco.
Foram apreendidas latas de cerveja, garrafas de vinho, facas, espetos, carvão e até a churrasqueira. Num trabalho de inteligência, os agentes do BEP flagraram a policial, lotada no próprio batalhão, quando tentava colocar os produtos em latões de lixo, no estacionamento. Presos de confiança, que trabalham na faxina, iriam colocar as lixeiras para dentro da unidade com os produtos.
A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Polícia Milita informou que, o corregedor e o comandante do BEP, "tomaram as medidas cabíveis para prisão em flagrante da policial militar e de pelo menos mais dois acautelados que estavam envolvidos" no caso. Os procedimentos de investigação ainda estão em andamento. A pedido do GLOBO, a PM explicou por nota: "ressaltamos a importância da pronta resposta da corregedoria na prisão e enfatizamos que a Polícia Militar não coaduna com qualquer desvio de conduta de nenhum de seus membros. Vale lembrar que inspeções são realizadas rotineiramente na unidade com vistas a manter o cumprimento da Lei de Execução Penal e o Regulamento Disciplinar da Instituição".
Desde que o ex-governador Pezão foi preso, na operação Boca de Lobo, em novembro do ano passado, o BEP tem passado por frequentes vistorias. Desta vez, a direção adotou o sistema de monitoramento dos próprios guardas da unidade. A força-tarefa da Lava Jato deu voz de prisão a Pezão, por entender que, solto, ele poderia dificultar ainda mais a recuperação dos valores, além de dissipar o patrimônio adquirido em práticas criminosas. Segundo o MPF, à época, o esquema de corrupção ainda estava ativo. A prisão foi baseada na delação de Carlos Miranda, operador financeiro do ex-governador Sérgio Cabral.
Outro político que se encontra na unidade desde novembro do ano passado é o ex-deputado Coronel Jairo (SDD), preso na operação Furna da Onça. Ele, junto com mais nove deputados na época, foram alvos da ação da Lava-Jato. Três deles já estavam detidos: Jorge Picciani, ex-presidente da Assembleia, Paulo Melo e Edson Albertassi. Eles fazem parte do grupo político da base do MDB.


* Extra

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