terça-feira, 11 de setembro de 2012

O Instituto Técnico-Científico de Polícia do Rio Grande do Norte (Itep) registrou, de janeiro ao dia 10 deste mês, 93 mortes violentas no município de Mossoró, na região Oeste do estado. De acordo com a Polícia Militar, a maioria dos crimes tem como motivação o envolvimento das vítimas com o tráfico de drogas.

No sábado (8) e no domingo (9), mais três pessoas foram mortas em Mossoró, que é o segundo maior município do estado. Os assassinatos aconteceram nos bairros Bom Jesus, Malvinas e Dom Jaime Câmara. De acordo com as investigações da Polícia Civil, duas vítimas foram mortas dentro de suas próprias residências, por parentes ou alguém do convívio pessoal. Já a terceira teria sido assassinada por engano, e estava em companhia de um ex-presidiário.

Segundo o comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar de Mossoró, major Correia Lima, nem todas as 93 mortes registradas este ano podem ser consideradas homicídios. "Das 93 vítimas, 61 foram assassinadas, 11 morreram em confronto com a polícia, 6 sofreram lesões corporais e chegaram a óbito posteriormente, 4 faleceram no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, mas eram de outras cidades. E o restante morreu em acidentes de carro", disse o comandante.

Mapa da Violência

No Mapa da Violência 2011, traçado pela Subcoordenadoria de Estatística e Análise Criminal - órgão criado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) -, Mossoró contabilizou ao longo do ano passado exatos 169 homicídios. O número representa uma taxa de 65,03 assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes, quando o aceitável pela Organização das Nações Unidas (ONU) é de no máximo 10 homicídios para cada grupo de 100 mil pessoas em uma mesma cidade.

De acordo com a PM, o número de homicídios em Mossoró tem reduzido, pois, em relação ao mesmo período do ano passado (janeiro a 10 de setembro), foram registrados 135 crimes de assassinato no município. Contudo, de janeiro a setembro de 2012, a taxa de homicídios no município já é de 35,08 para cada 100 mil habitantes, ou seja, três vezes mais que o valor tolerado pela ONU.

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