quarta-feira, 10 de julho de 2013

Cruzeiro arrasa Atlético-GO, encaminha vaga e celebra 13 anos de título

Diego Souza comemora gol que abriu caminho para a vitória do Cruzeiro sobre Atlético-GO

No dia em que comemorou 13 anos da conquista do seu terceiro título da Copa do Brasil, diante do São Paulo, no Mineirão, estádio em que voltou a jogar, na noite desta quarta-feira, o Cruzeiro goleou o Atlético-GO, por 5 a 0, e deu passo enorme para seguir adiante na competição. O time celeste pode até perder por quatro gols de diferença, na partida de volta, no dia 17, no Serra Dourada, que ficará com a vaga para a próxima fase. Somente uma tragédia poderá tirar sua classificação.

Apesar da goleada, que deixa o Cruzeiro com as duas mãos na vaga, o lateral esquerdo Egídio destacou o ótimo resultado, mas não comemorou a vaga. "Não é assim, futebol é caixinha de surpresa. Temos de entrar lá com o mesmo empenho", destacou. O zagueiro Arthur, do Atlético-GO, por sua vez, considera uma "missão muito difícil", mas não desiste. "Independente do resultado de hoje a gente tem de tentar até o final", enfatizou.
Envolvido em notícias sobre um desentendimento com o técnico Marcelo Oliveira, por não ter gostado de ser substituído contra a Portuguesa, o que foi desmentido por ele, Diego Souza teve boa atuação. Antes do início da partida, o treinador confirmou que teve uma conversa com alguns atletas que não estavam rendendo o desejado. "Conversei com jogadores importantes que não estão rendendo, procurando lhes devolver a confiança. O Diego Souza é um deles", afirmou o comandante cruzeirense.
E o gol marcado por Diego Souza, logo aos 10 min, facilitou a tarefa celeste e foi muito reclamado pelo Atlético-GO. A polêmica aconteceu porque no lance imediatamente anterior ao tento cruzeirense, o goleiro Márcio se chocou com o zagueiro Arthur, seu companheiro de time, ficando caído no gramado. A arbitragem não parou o jogo e o Cruzeiro seguiu no ataque e colocou a bola nas redes adversárias.
Além de encaminhar sua classificação, o Cruzeiro manteve escrita sobre o Atlético-GO, pois segue sem ter sido derrotado pelo time goiano na condição de mandante. Em seis jogos, nesta situação, agora são cinco triunfos celestes e um empate. Outra marca importante foi a manutenção dos 100% de aproveitamento no Mineirão, desde a reabertura do estádio, em fevereiro deste ano. No dia 9 de julho de 2000, o Atlético foi campeão pela terceira vez da Copa do Brasil, ao vencer o São Paulo, por 2 a 1.
Detalhe curioso, que chamou a atenção dos torcedores que compareceram ao Mineirão foi o fato de um jogador de cada time utilizar acessório de proteção. O zagueiro atleticano Diego Giaretta com máscara, por causa de fratura no nariz, que o obrigou a duas cirurgias corretivas, e o volante celeste Nilton, que levou cinco pontos no supercílio, no empate com a Portuguesa, por 1 a 1, pelo Brasileiro, e que usou uma toca.
A etapa inicial começou com dificuldades para o Cruzeiro se acertar. Tanto que foi o primeiro lance de perigo, aos 8 min, foi do Atlético-GO, quando Ernandes fez boa jogada individual e chutou forte. A bola foi para fora, mas com perigo para o goleiro Fábio. Dois minutos depois, o time celeste abriu o placar, com Diego Souza aproveitando-se de contusão de Márcio. Até o massagista do time visitante estava em campo. Como o árbitro Rodrigo Nunes de Sá deu sequência à jogada, o gol foi validado.
Mesmo com o gol cruzeirense, a partida seguiu equilibrada, já que o time goiano se arriscava também no ataque. Diego Souza, que mostrava estar mais ligado ao jogo, se destacava pelas tentativas de chutes de média e longa distância. Aos 24 min, Márcio, mesmo com o rosto inchado, fez boa defesa. No minuto seguinte, o chute do camisa 10 cruzeirense foi para fora. Aos poucos o Cruzeiro assumia o controle do jogo e fez mais dois gols no primeiro tempo, ambos de cabeça, por meio de Vinícius Araújo, aos 31 e Dedé, aos 43 min.
O goleiro Márcio revelou que chegou a ficar "desacordado" após o choque com Arhur, disse que ao se recuperar tentou se levantar pelo "instinto de goleiro" e criticou a decisão do árbitro Rodrigo Nunes de Sá de ter validado o gol de Diego Souza. "Infelizmente, as arbitragens entendem até de medicina", ironizou o camisa 1 atleticano, que foi categórico: "Ele não tem capacidade para avaliar se eu estava ou não machucado".
Já Diego Souza preferiu destacar a força do Cruzeiro no Mineirão, por buscar o resultado desde o início. "Temos que fazer ajustes jogando fora, porque em casa nos acostumamos a pressionar o adversário", analisou o camisa 10 celeste. Para o zagueiro Bruno Rodrigo, o Cruzeiro não pode "amolecer". "Tem que continuar o ritmo, apertar ainda mais a marcação, não dar espaços para eles", salientou.
O Cruzeiro voltou com a mesma formação, mas o Atlético-GO teve duas alterações: os titulares Robston e Juninho, que foram poupados por René Simões, entraram nos lugares de Jorginho e Pipico. O time visitante tentou um gol logo no recomeço do jogo, pensando em melhorar sua situação para a partida da volta, mas o anfitrião não apenas soube administrar a vantagem construída, com grande facilidade, na etapa inicial, mas aumentá-la.
Na base do quem não faz leva, o Cruzeiro chegou aos 4 a 0, aos 13 min do segundo tempo, por meio de Everton Ribeiro. Nem o fato de ter jogador a maior parte da etapa final com um jogador a menos, por causa da expulsão do zagueiro Bruno Rodrigo, aos 17 min, por entrada forte em João Paulo, dificultou para o Cruzeiro, que fez o quinto, aos 31 min, com Egídio. Para perder sua vaga, o time celeste precisa ser derrotado por seis gols de diferença. Se o Atlético-GO conseguir devolver os 5 a 0, a decisão irá para os pênaltis. No final do jogo, Tinga e Robston se desentenderam em campo e continuaram discutindo na descida para o vestiário, mas sem consequências.

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