terça-feira, 20 de agosto de 2013

Candidata a 'elefante branco', Arena Amazônia custará R$ 6 milhões ao ano


Um futebol mambembe e o clima úmido reforçam a vocação para "elefante branco" da Arena Amazônia, uma das sedes da Copa do Mundo-14.

O estádio, com 76% das obras concluídas e capacidade para 44 mil pessoas, receberá um aporte extra de R$ 54 milhões. Está orçado hoje em R$ 605 milhões, acima dos R$ 515 milhões previstos.
Vai sediar quatro partidas do Mundial e depois custará R$ 6 milhões por ano em manutenção (energia, segurança, gramado etc.), segundo Miguel Capobiango Neto, coordenador da UGP-Copa (Unidade Gestora do Projeto Copa), ligada ao Estado.
A manutenção do futuro estádio do Corinthians, em Itaquera, custará em torno de R$ 36 milhões ao ano. Não se sabe quem bancará os R$ 500 mil mensais para manter a arena manauara, que recebe hoje a visita de Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa.
"Haverá licitação de operação para terceirizar o estádio para a iniciativa privada", afirma Capobiango Neto.
Se depender do futebol local, a arena pode naufragar. A média de público do Amazonense não passou de 500 pessoas por jogo, e a arrecadação média foi de R$ 4.800.
"Esperamos que a arena seja rentável como a de Brasília, que tem recebido jogos dos grandes times do Rio. Ela pode gerar receitas também com shows e eventos", diz.
Mas não é apenas o pouco atraente futebol local, que hoje assistirá a uma rara partida de elite --Nacional x Vasco, pela Copa do Brasil--, a dificultar a sobrevivência da arena de Manaus.
"O clima é um agravante. Temos seis, sete meses de chuva por ano. Quem vai fazer show musical aqui?", diz Ariovaldo Malizia, diretor técnico da Fundação Vila Olímpica, braço do Estado que administra praças esportivas.
"O plano B é que nós administremos a arena até que apareça uma empresa interessada, que é o plano A", afirma Malizia. A previsão do fim das obras é dezembro.
"O clima é um agravante. Temos seis, sete meses de chuva por ano. Quem vai fazer show musical aqui?", diz Ariovaldo Malizia, diretor técnico da Fundação Vila Olímpica, braço do Estado que administra praças esportivas.
"O plano B é que nós administremos a arena até que apareça uma empresa interessada, que é o plano A", afirma Malizia. A previsão do fim das obras é dezembro.

* Reprodução Márcio Melo

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