quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Ex-jogador foragido é preso com trator roubado na Anhanguera

Gléber Vieira disse que não sabia da procedência do trator (Foto: César Tadeu/EPTV)
Gleber Vieira disse que não sabia da procedência do trator (Foto: César Tadeu/EPTV)
O ex-jogador de futebol Gleber Adalberto Vieira, que teve passagens por clubes como São Paulo, Bahia e Matonense entre os anos 1980 e 1990, foi preso com um trator roubado na Rodovia Anhanguera, na noite desta quarta-feira (28) em Jardinópolis (SP). O suspeito de receptação de produto roubado e uso de documento falso foi detido enquanto transportava o equipamento agrícola em um caminhão, de acordo com a Polícia Militar Rodoviária. Vieira, também conhecido como Índio e considerado foragido da Cadeia de São José do Rio Preto (SP), disse que não sabia da procedência ilegal do trator e que o equipamento era referente a um pagamento pela entrega de madeira extraída no Pará.

De acordo com o sargento Pessoa, Vieira era passageiro do caminhão que transportava o trator, que levantou suspeita por ser usado. Segundo ele, a nota fiscal apresentada era falsa, assim como seus documentos pessoais. Avaliado ente R$ 150 mil e R$ 200 mil, o trator tinha sido roubado de uma fazenda na região esta semana. “Desconfiamos desse tipo de transporte e abordamos o passageiro do caminhão, que se identificou como proprietário do trator e apresentou a nota fiscal, que tinha indício de falsificação. Fizemos contato com a empresa que emitiu aquela nota, verificamos que era falsa”, afirmou.
O sargento também informou que Gleber Vieira já teve passagens por roubo de tratores na região. “A gente viu que o trator era produto de ilícito, tinha adulteração em todas as etiquetas de identificação coladas. A gente já o conhecia dos meios policiais”, disse.
Além de ser considerado foragido da Justiça – ele deixou a cadeia de São José do Rio Preto, onde estava preso por estelionato, na Páscoa e não retornou mais, segundo a polícia - Vieira responderá pelos crimes de receptação de produto roubado, falsificação de documento público e uso de documento falso. Ele foi encaminhado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil em Ribeirão Preto (SP) e ficará no Centro de Detenção Provisória de Pontal (SP).
O motorista do caminhão, Vicente Riveli, foi liberado. Ele disse que não chegou a desconfiar quando Vieira contratou o transporte da carga por R$ 1,6 mil até São José do Rio Preto e apresentou a nota fiscal. “Deus me ajudou muito por sair dessa enrascada. Não desconfiei de nada. Olhei a nota, conferi e vim com toda tranquilidade”, afirmou.
Trator roubado foi apreendido na Via Anhanguera em Jardinópolis (Foto: César Tadeu/EPTV)
Trator roubado foi apreendido na Via Anhanguera
em Jardinópolis (Foto: César Tadeu/EPTV)










Roubo do trator
O trator encontrado na Rodovia Anhanguera, segundo o sargento Pessoa, foi um dos equipamentos agrícolas roubados de uma fazenda de Jardinópolis na madrugada de terça-feira (27), de onde também foram levadas duas motos, uma carreta e uma espingarda.

De acordo com o PM, o modo como o trator foi encontrado, com identificação adulterada e nota fiscal falsificada, evidencia que era objeto de um esquema articulado por uma quadrilha. Os suspeitos, no entanto, não foram identificados. Para o sargento, Vieira sabia do procedimento, mas não chefiava o grupo. “O pessoal faz o roubo e depois esconde o trator em cidades próximas por um tempo. Quando a poeira abaixa e eles conseguem uma nota fiscal falsa, embarcam o trator em caminhão e conseguem sair sem maiores problemas”, explicou.
Ex-jogador
O ex-atleta Gleber Adalberto Vieira disse que não sabia que o equipamento agrícola tinha sido roubado. Segundo ele, o trator foi recebido por ele como pagamento por uma extração de madeira no Pará. “Eu trouxe três cargas de madeira do Pará e vendi em Rio Claro [SP]. Eu estava esperando eles fazerem o pagamento, mas eles não faziam, Até que hoje de manhã [quarta-feira] eles falaram que havia um trator para eu pegar em Ribeirão Preto como forma de pagamento. Fui à agência de carga, peguei o caminhão e estava levando o trator embora, mas tinha nota. Me deram nota, me deram tudo”, afirmou.

Vieira alega que pela rapidez com que o trator foi disponibilizado chegou a ficar em dúvida sobre a legalidade do pagamento. “Percebi que tinha alguma coisa errada assim pelo jeito do negócio. Eles não me pagavam, ficavam colocando para depois, aí de repente apareceu o trator. Fiquei meio em dúvida, mas não desconfiei de nada”, disse.
* Reprodução Márcio Melo

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