quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Uruguaio do Mais Médicos faz seu primeiro atendimento em Pernambuco

Arte UOLO médico uruguaio Gonzalo Lacerda Casaman, 31 anos, do programa Mais Médicos, fez seu primeiro atendimento no Brasil nesta quarta-feira, 28, por volta das 13 horas, ao socorrer uma mulher atingida por uma moto, no município metropolitano de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, onde está sendo ministrado o treinamento para os profissionais estrangeiros.

"Entendi tudo que ele disse", afirmou Helena Paulina de Araújo, 63 anos, ambulante. "Ele me disse para ficar calma, me tirou da rua e me examinou", afirmou. O médico vinha do almoço e contou ter ouvido um barulho forte. Em seguida viu a senhora no chão, no meio da Rua Eurico Valois, na área central, onde se localiza a Faculdade Miguel Arraes.
Casaman a levou para a calçada, fez um exame preliminar e percebeu escoriações no joelho e cotovelo esquerdos, sem gravidade. Como Helena foi atingida também no tórax, o médico pediu ao guarda de trânsito para chamar a emergência. Minutos depois, o atendimento do Samu chegou, fez curativos nas escoriações e levou a mulher para um raio X.
Gonzalo afirmou não ter imaginado que faria seu primeiro atendimento ainda nesta fase do programa e se disse feliz por ajudar. "É para isto que estamos aqui", afirmou.
Helena Paulina de Araújo se consulta no posto de saúde do bairro de Bela Vista. "Quase não tem médico lá", criticou, e elogiou o Mais Médicos. "Com certeza vale a pena os médicos estrangeiros."

VEJA ARGUMENTOS A FAVOR E CONTRA O PROGRAMA MAIS MÉDICOS

PRÓSCONTRAS
Aumenta número de médicos em atuação no Brasil (hoje há 1,8 profissionais para cada mil habitantes)
Sem o Revalida, o médico estrangeiro não tem a sua capacidade testada adequadamente, podendo colocar vidas em risco
Leva médicos para bairros e cidades onde há carência desses profissionais 
Dificuldades com a língua portuguesa podem trazer problemas de comunicação 
Melhora o conhecimento dos médicos em atenção básica e saúde pública, áreas nas quais os recém-formados não costumam ter interesse em atuar
Com o acordo para a vinda de médicos de Cuba, o governo está sendo conivente com um esquema de trabalho que é alvo de críticas: os profissionais recebem apenas parte da bolsa
Amplia o atendimento à população indígena que vive em regiões carentes de médicos 
Estrangeiros podem não ter conhecimento suficiente sobre as doenças tropicais, como a dengue
Supre uma demanda imediata, dado o longo tempo de formação de novos médicos
Estrangeiros podem desconhecer certos medicamentos e equipamentos utilizados no país
Apesar de não resolver a questão da falta de infraestrutura, garante acesso a um médico
Não oferece benefícios trabalhistas aos profissionais, como 13º salário, horas extras e FGTS
Não ameaça os empregos dos brasileiros, já que os estrangeiros só podem atuar em áreas específicas
Não resolve a questão da falta de infraestrutura e de outros profissionais, como enfermeiros, nutricionistas, dentistas etc

* Reprodução Márcio Melo

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