sexta-feira, 3 de julho de 2015

TELEVISÃO: Maria Julia Coutinho, do 'JN', é alvo de racismo no Facebook

Reprodução da página oficial do Facebook do "Jornal Nacional" com foto de Maju Coutinho

* Bol - O "Jornal Nacional", da Globo, fez um post em sua página oficial do Facebook, na noite desta quinta-feira (2), com uma imagem da jornalista Maria Julia Coutinho falando sobre previsão do tempo, e os comentários durante a madrugada tiveram conteúdos pejorativos e racistas.

"Só conseguiu emprego no 'Jornal Nacional' por causa das cotas. Preta imunda", dizia um dos comentários.
Reprodução
"Não tenho TV colorida para ficar olhando essa preta não", escreveu outro internauta.
Em defesa, fãs e admiradores da jornalista se revoltaram com os comentários racistas e também escreveram comentários na página do Facebook.
"País mais miscigenado do mundo e ainda temos que ficar lendo esses comentários racistas. Lamentável. A moça é linda, inteligente e ganha bem mais do que vocês", defendeu Claydson Vieira.
"Aos racistas um aviso: internet não é terra sem lei e se vocês acham que podem destilar toda a podridão que existe no interior de vocês só porque usam fakes, estão enganados. Espero que vocês se ferrem muito", alertou Martha Bernardo Duarte.
Reprodução/Facebook
Comentários racistas contra Maria Julia Coutinho na página do "JN" no Facebook
Garota do Tempo
Maria Julia Coutinho, também conhecida como Maju, estreou na função de moça do tempo no "Bom Dia São Paulo" e "Bom Dia Brasil", durante a licença maternidade da colega Eliana Marques e, poucos meses depois, passou a exercer a mesma função no "Jornal Nacional" há pouco mais de dois meses. A garota do tempo tem conquistado os telespectadores do jornalístico "Jornal Nacional" com seu jeito descontraído de falar sobre a previsão do tempo e se diz satisfeita por poder informar com informalidade.
"Acho que tenho conseguido colocar em prática aquilo que sempre acreditei: informar usando uma linguagem mais coloquial. Creio que estou conseguindo usar a informalidade, sem abusar dela. A maior parte do retorno que recebo é positiva", contou em entrevista por e-mail ao UOL.
Ela também é a primeira garota do tempo negra da Globo e se diz satisfeita por seu trabalho estar aparecendo mais do que o rótulo que a acompanha.
"É um marco importante, mas ao mesmo tempo é complicado carregar o peso de ser a primeira a fazer algo em determinado lugar", afirmou Maju. "Acho que isso ocorre porque ainda faltam representantes negros no telejornalismo. Porém, tenho ficado feliz, pois, de uns tempos para cá, minha cor tem ficado invisível na maioria das entrevistas que estou dando. Tenho sido tratada como Maria Júlia Coutinho, a Maju, a jornalista, e ponto. É assim que deve ser, pois ninguém se refere ao Bonner como o jornalista branco de cabelos grisalhos, nem à Renata [Vasconcellos] como a jornalista de cabelos castanhos e pela clara".

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