Por Interino
Há dois anos, Real Madrid e Atlético de Madrid se cruzavam pela primeira vez em uma final de Liga dos Campeões. Era o duelo do time soberano, historicamente ligado à realeza espanhola e maior campeão do torneio em todos os tempos, contra o time guerreiro, que vem da classe operária, em busca do título inédito.
Os colchoneros foram raçudos ao extremo durante toda a campanha, incorporando o espírito do técnico Diego Simeone, e estiveram muito, muito, muito perto da taça com o 1 a 0 no placar. Mas o “Rei da Champions” apareceu no último suspiro. No “Minuto 93”, Sergio Ramos voou dentro da área rival e acertou cabeçada de rara felicidade no cantinho. O empate no fim levou o duelo para a prorrogação e devastou o psicológico do Atleti, que sofreu mais três gols e acabou perdendo por 4 a 1. Não teve jeito. Era para ser. E a história foi cruel com o Atlético de Madrid.
Os deuses do futebol gostaram tanto daquela dramática decisão que, apenas dois anos depois, resolveram repetir o clássico de Madri na final desta temporada da Liga dos Campeões. Sai Lisboa, entra Milão. Mas permanece o duelo de estilos entre as duas equipes. E o enredo é parecido.
Após novamente ter eliminado times com muito mais grife – Barcelona e Bayern -, o Atlético tem a oportunidade de compensar a perda de 2014 e de escrever, agora sim, o capítulo mais importante de sua história, enfim deixando para trás o complexo de vira-lata que o persegue – sempre precisou suar muito para ganhar alguma coisa. Do outro lado, o Real e seus craques vão atrás da “Undécima”, como os espanhóis chamam a possível 11ª taça, com o objetivo de fortalecer a hegemonia merengue na Europa.
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