Com a morte de mais um preso registrada nesta segunda-feira (26) no Complexo Penal João Chaves, o Rio Grande do Norte acumula, somente neste ano, 22 execuções nas unidades prisionais do Estado. Para o secretário de Justiça e Cidadania, Walber Virgolino, os ‘acertos de contas’ justificam a maior parte dos crimes que ocorrem em presídios potiguares.
“Às vezes, são situações de fora dos presídios que passam para dentro. É impossível evitar mortes lá dentro, uma vez que estão a todo momento fazendo alguma coisa um contra o outro. Estamos atuando, vamos apurar com rigor e punir efetivamente os que estão praticando esses homicídios”, disse Walber em entrevista ao Portal Agora RN.
Segundo o secretário, o estado está fazendo tudo que é possível para deixar o sistema prisional dentro da normalidade, enfrentando inclusive os problemas de infraestrutura. “Presídio é sinônimo de tensão, mas dentro do esperado a situação está tranquila. Mesmo tendo uma estrutura física deficitária, os agentes estão fazendo a parte deles e a disciplina está sendo imposta”, garantiu.
Perguntado sobre as constantes fugas que ocorrem nos presídios e se há trabalho preventivo para evitá-las, o secretário disse que a punição é a medida mais utilizada e mais eficaz. “Risco de fuga não se descarta nunca, nem em países de primeiro mundo, uma vez que o preso trabalha todo dia para fugir e o estado todo dia trabalha para evitar elas. Mas a situação está controlada e a punição faz com que eles percebam que isso não compensa”, concluiu.
Ainda de acordo com o secretário, os presos em custódia no Complexo Penal João Chaves vão deixar de receber visita, ficar sem televisão e sem ventiladores em virtude da morte do preso que foi registrada no início desta semana.
* Robson Pires
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