O casal Ana Paula Oliveira, de 22 anos, e Ronny, de 23, realizou o sonho de construir uma família quando adotaram as irmãs Valentina, de 10 meses, e Sofia, e 3 anos. A felicidade, porém, deu lugar à preocupação quando a família descobriu que a bebê tem atrofia cerebral causada por sífilis, adquirida ainda na gravidez. Os pais começaram então uma verdadeira luta pra poder dar à filha o tratamento necessário. Até os móveis de casa foram vendidos.
A doença foi descoberta há um mês. "Um dia Valentina estava engatinhando, aí teve uma crise convulsiva. No outro dia, ela não conseguia nem sentar", conta Ana Paula. Como o plano de saúde da filha ainda não tinha carência para a realização de todos os exames, o casal procurou a rede pública de saúde, onde foi diagnosticada a doença.
De acordo com a família, o Hospital Universitário Onofre Lopes é o único em Natal que poderia ter tratamento para Valentina, mas ainda assim não é o suficiente. "É uma doença rara e degenerativa e ela precisa de acompanhamento neurológico 24 horas", diz a mãe. O casal então decidiu procurar o tratamento que a filha precisava em São Paulo.
O tratamento é caro e a família ainda teria que ter dinheiro para se manter na capital paulista. Desempregados, os pais começaram uma campanha na internet para arrecadar recursos para o tratamento de Valentina e até venderam os móveis de casa como cadeiras, guarda-roupa e sofá.
"O que a gente fizer, vender tudo, é o mínimo que a gente pode fazer pra salvar a vida dela", diz Ana Paula.
Com o dinheiro arrecadado, Ronny viajou com Valentina para acompanhar o tratamento da filha, e Ana Paula ficou em Natal cuidando de Sofia, a filha mais velha.
Fonte: João Moacir via G1
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