América-MG | 0 | x | 0 | ABC |
A torcida do América-MG, que compareceu em pequeno número ao Independência, na noite desta sexta-feira, mais protestou pelo não acesso à elite do futebol brasileiro do que apoiou a equipe, que atuou mal e empatou, sem gols, com o ABC, na despedida de ambos da Série B 2013. Os dois times entraram sem nenhum objetivo em campo. O time da casa atuou quase completo, enquanto a equipe potiguar esteve “bastante mesclada”, na definição do treinador americano, Silas. Apenas 724 pessoas pagaram ingresso para ver o final da participação de América e ABC na Segundona este ano.
O técnico Roberto Fernandes, que conseguiu evitar o rebaixamento do ABC, após uma permanência de 26 rodadas na zona da degola, sendo lanterna em 22, optou por dar chance a jogadores que não vinham atuando, deixando poucos titulares. O jogo, em sua maior parte, foi monótono e lento, com poucas chances de gols e fraquíssimo nível técnico.
Os torcedores americanos levaram faixas de protestos, como “Mudanças já para o América”, “Somos a resistência” e “Salum, até o Fusca teve fim”, essa última em referência a Marcos Salum, responsável pelo futebol do clube e integrante do Conselho Administrativo americano. Vaias puderam ser ouvidas também ao longo da partida.
“O torcedor está chateado não por hoje, mas por ter ficado perto e não ter conseguido o acesso”, comentou Silas, que admitiu o fato de seus jogadores não estarem totalmente concentrados na partida. “É difícil saber que amanhã estarão de férias e conseguiu se concentrar totalmente no jogo aqui”, observou o treinador americano.
Para tentar animar o time em campo, uma bateria tentava, no primeiro tempo, mesmo sem muito ritmo, passar apoio aos jogadores. Com o tempo, no entanto, os ‘músicos’ torcedores deixaram os instrumentos de lado. “Depois da derrota para o Joinville, sabíamos que haveria cobrança. Isso não atrapalha, temos que honrar a camisa do América”, afirmou o atacante Willians, que voltou a jogar, amparado com efeito suspensivo obtido junto ao STJD, por causa de expulsões contra Palmeiras e Chapecoense.
No primeiro tempo, o ABC começou melhor, chegando mais vezes ao ataque, embora errando sempre nas finalizações, como aconteceu aos 16 min, com Maurinho, o mais efetivo atacante do time potiguar. Aos poucos, a equipe da casa melhorou um pouco o seu rendimento e com jogadas criadas quase sempre pelo meia Badi, que ainda não sabe se continua no clube em 2014, criou as melhores chances. O goleiro visitante Rafael apareceu com duas defesas difíceis, aos 28 min e 29 min. “Estamos bem, precisamos ter mais calma para aproveitar os contra-ataques. Pela falta de ritmo e entrosamento o primeiro tempo foi bom”, analisou o zagueiro Gilson do ABC.
Cada time mudou uma vez, no intervalo. No América, Silas promoveu a estreia entre os profissionais do atacante Assis no lugar de Weverton. Já Roberto Fernandes foi mais ousado e c colocou Schwenck no lugar de Toty, camisa 2. E o domínio, no recomeço do jogo, foi inteiramente da equipe visitante, que desperdiçou chance incrível, aos 14 min, com . Para mudar a situação, o treinador americano tirou o lateral direito Elsinho, contundido, e colocou o meia-atacante Nikão.
A exemplo do que ocorreu na etapa inicial, a partir dos 20 minutos, o América cresceu um pouco em campo, com o jovem atacante Assis aparecendo bem, demonstrando vontade para aproveitar a chance e se manter no elenco profissional em 2014. Foram poucos os bons momentos de uma partida, marcada pela falta de criatividade e pelo excesso de erros das duas equipes. O empate em 0 a 0 foi um resultado natural pelo que não produziram os times em campo.
* Reprodução Márcio Melo
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