Um funcionário que trabalhava na construção das arquibancadas móveis do Itaquerão caiu por volta das 10h30, segundo o Corpo de Bombeiros, e foi levado para um hospital Santa Marcelina, que fica na região do canteiro de obras. O estado de saúde de Fabio Hamilton da Cruz é considerado gravíssimo, segundo a assessoria de imprensa do hospital, e ele passou por um procedimento cirúrgico.
Fabio é funcionário da WDS Construções, empresa contratada pela Fast Engenharia para auxiliar na montagem das arquibancadas móveis atrás dos gols, e estava trabalhando na montagem dos pisos das arquibancadas provisórias do setor sul da Arena.
Ainda segundo a assessoria de imprensa do hospital, o boletim médico só será divulgado na segunda-feira e novos detalhes não serão dados para preservar a vítima.
O Corpo de Bombeiros informou via Twitter que Fabio caiu de uma altura de 15 metros, porém, a Fast, por meio da sua assessoria de imprensa, diz que a queda foi de oito metros.
Mesmo com o acidente as obras continuam normalmente e as máquinas funcionam a pleno vapor. O único local em que os trabalhos pararam foi onde ocorreu a queda. O guindaste existente lá está parado e a área isolada com uma fita zebrada.
De acordo com operários ouvidos pelo UOL, a queda aconteceu quando vigas de metal eram suspensas. Havia um cabo de aço no alto para o empregado prender o mosquetão. As testemunhas disseram que no momento de fixar o equipamento o funcionário perdeu o equilíbrio e despencou.
Segundo o Corpo de Bombeiros, via Twitter, a vítima foi socorrida pela ambulância da Odebrecht e levada para um hospital da região. A assessoria de imprensa da Fast Engenharia afirmou não ter mais detalhes do ocorrido.
O delegado da 24ª DP de São Paulo, Rafael Paravina, declarou que uma equipe do Instituto de Criminalística deve fazer a perícia na tarde deste sábado. Ele acrescentou que a identidade da vítima já foi informada, mas não será divulgada porque ainda não houve registro do boletim de ocorrência.
Este é o segundo acidente envolvendo trabalhadores na arena. No final de novembro do ano passado, o estádio que será palco de abertura da Copa do Mundo de 2014 viu a morte de dois funcionários em função da queda de um guindaste no setor leste. Fábio Luiz Pereira, de 42 anos, e Ronaldo Oliveira dos Santos, de 44 anos, morreram.
Na época, 30% das obras da arena chegaram a ser interditadas pela Defesa Civil de São Paulo para investigação das causas do acidente.
A Fast Engenharia foi contratada pela Ambev para executar o serviço de construção das arquibancadas e alugar a estrutura durante o Mundial.
Em parceria com a Arena Group, que trabalhou com esse tipo de estrutura nos Jogos Olímpicos de Londes, em 2012, a Fast produziu os assentos temporários da Arena Fonte Nova, utilizados na Copa das Confederações.
Com um investimento de R$ 38 milhões, as arquibancada móveis do estádio devem ter 21 mil cadeiras temporárias, e as estruturas serão desmontadas após a Copa. O processo de instalação dos assentos no setor sul começou no início de fevereiro deste ano, com 90 operários.
A Fast Engenharia projetou um pico de 150 trabalhadores no local. O cronograma de entrega da montagem das arquibancadas está foi previsto para abril.
A assessoria de imprensa informou que o Corinthians não tem detalhes sobre a causa da queda, o estado de saúde do operário e a identificação dele. O clube também não se pronunciou sobre o acidente.
Confira a nota oficial enviada pela assessoria de imprensa da Fast Engenharia:
A Fast Engenharia vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:
1) Ocorreu na manhã deste sábado, por volta das 10h30, um acidente com o operário Fabio Hamilton da Cruz, funcionário da empresa WDS Construções, que se encontrava trabalhando na montagem dos pisos das arquibancadas provisórias do setor sul da Arena Corinthians;
2) O trabalhador imediatamente recebeu os primeiros socorros no local e em seguida foi levado ao hospital, onde se encontra em estado delicado de saúde;
3) Ao contrário do que foi divulgado por alguns veículos de imprensa, o operário caiu de uma altura de 8 metros e portava todos os equipamentos obrigatórios de segurança para a atividade;
4) A Fast, contratante da empresa WDS, renova seu desejo de que ele se recupere o mais rápido possível e está prestando todo o auxílio ao operário, a sua família e às autoridades.
Fonte: Bol
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