Iniciada na última segunda-feira (1), a greve de fome dos presos de oito unidades prisionais do Rio Grande do Norte acabou. A informação foi confirmada pela coordenadora de Administração Penitenciária (Coape), Dinorá Simas.
“Eles voltaram a se alimentar por volta das 14h”, disse Dinorá. Ainda de acordo com a coordenadora do Coape, o motivo da revolta dos presos ainda não foi confirmado.
Os detentos da Cadeia Pública de Natal, Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ceará-Mirim, Penitenciária Estadual de Alcaçuz e Presídio Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta, Cadeia Pública e da Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró e Penitenciária Estadual do Seridó, em Caicó rejeitaram o café da manhã e almoço servidos nas unidades na última segunda, iniciando o movimento.
Desde o começo da revolta, os detentos se negaram a explicar o motivo da greve, porém, duas cartas teriam sido encaminhadas, partindo do presídio de Alcaçuz, o maior do estado, fazendo referência a problemas no Pavilhão 5. Segundo apurado pelo Nominuto, entre os pontos abordados nos textos estão a má qualidade dos alimentos fornecidos pelas unidades e substituições nas diretorias de alguns dos presídios.
A Coape identificou 15 detentos, apontados como parte da facção que liderava a greve de fome. Os presos já haviam sido transferidos da Penitenciária Estadual de Parnamirim e do Presídio Rogério Coutinho Madruga – conhecido como Pavilhão 5 – para a Cadeia Pública de Nova Cruz, distante cerca de 100 quilômetros de Natal, ontem (3).
A medida objetivou deixar os detentos sem comunicação, já que na cidade não há sinal de celular e também não é possível evitar completamente que eles tenham acesso a telefones em outras unidades.
Sobre o caso, a Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc) se posicionou nesta tarde, por meio de nota. No texto, a pasta destacou que "todas as demandas que foram encaminhadas por meio de carta para a Coordenadoria de Administração Penitenciária serão cuidadosamente analisadas”, e ainda, que "denúncias sobre comportamento abusivo de agentes e diretores, direcionado a apenados e familiares durante revistas e/ou visitas, serão rigorosamente apuradas.
Fonte: Portal No Minuto
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