segunda-feira, 22 de setembro de 2014

QUE PROPINA: PM preso diz que Estado-Maior cobrava R$ 15 mil de batalhões


O RJTV teve acesso com exclusividade ao depoimento de um policial militar denunciado na operação Propina S.A., que prendeu uma quadrilha de PMs acusados de cobrar propina de moradores e comerciantes na Zona Oeste do Rio. O policial afirma que ouviu de oficiais presos na operação que todos os batalhões da polícia eram obrigados a pagar uma quantia de R$ 15 mil ao Estado-Maior da PM.

O PM fez um acordo de delação premiada com a Justiça e depois do depoimento foi solto. A assessoria da Polícia Militar informou que o comandante geral da coorporação, coronel Luís Castro Menezes, ficou indignado ao tomar conhecimento do depoimento e classificou as declarações como absurdas. Ainda segundo a assessoria, todas as denúncias serão investigadas com rigor.
Segundo o depoimento prestado ao Ministério Público, a informação sobre o repasse do dinheiro para o Estado-Maior foi dita ao policial pelo major Edson e pelo major Neto, de maneira reservada, em mais de uma ocasião.
A operação
Coordenada pela Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança (Seseg), com apoio do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco), a operação prendeu no dia 15 de setembro 25 pessoas, sendo 24 policiais militares denunciados por integrar um esquema de arrecadação de propina de comerciantes e transporte irregular na região de atuação do 14º BPM (Bangu).

Entre os presos estavam cinco oficiais, incluindo o chefe do Comando de Operações Especiais (COE), coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira, e o subcomandante do COE, major Edson Alexandre Pinto de Góes. Ambos foram exonerados dos cargos.

* G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.