Foi divulgada nesta segunda-feira (20) a conclusão do inquérito policial referente à chacina que aconteceu em Poção, no Agreste do Estado, em fevereiro deste ano. O crime resultou na morte de três conselheiros tutelares e de Ana Rita Venâncio, de 62 anos, avô materna de uma criança que também com as vítimas e sobreviveu. A motivação seria a disputa pela guarda da menina.
De acordo com a investigação, a mandante do crime foi Bernadete de Lourdes Britto Siqueira Rocha, avó paterna da criança. Além dela, mais seis pessoas foram indiciadas: José Vicente Pereira, Égon Augusto Nunes, Wellington Silvestre dos Santos, Orivaldo Gode de Oliveira, Ednaldo Afonso da Silva e Leandro José da Silva. O pai da criança, que havia sido preso por suspeita de envolvimento com o crime, não foi indiciado.
Segundo a polícia, os sete acusados responderão por quatro homicídios duplamente qualificados e podem pegar até 210 anos de prisão. Além disso, Bernadete responde por outro processo na comarca de Pesqueira pelo homicídio da nora Jucy Venâncio de Britto, mãe da criança, fato ocorrido no ano de 2012. Atualmente ela está recolhida na Colônia Penal de Buíque, no Agreste de Pernambuco.
O crime
Bernadete mantinha disputas judiciais pela guarda da neta com o pai da criança. Essas disputas foram tomando proporções maiores ao longo do tempo, causando uma intensa rivalidade na família, com ocorrência de varias discussões nos dias de visitas, havendo ameaças e até agressões feitas pelo marido e a filha de Ana Rita em desfavor de Bernadete, e dela contra eles, segundo informou a Polícia.
Foi então que a mulher de 52 anos encomendou uma emboscada para as vítimas no Sítio Cafundó, na zona rural de Poção, no dia 6 de fevereiro. Todos que estavam dentro de um carro foram executados, exceto a criança. Bernadete pagaria R$ 45 mil pelo crime, dividido em duas vezes: R$ 25 mil logo após a execução e R$ 20 mil 15 dias após.
* Robson Pires
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