sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Dois anos depois, nenhum político cumpre regime fechado por mensalão

Quase dois anos após suas prisões, nenhum dos políticos condenados no esquema do mensalão continua em regime fechado.

Dos 13 condenados no núcleo político do escândalo, apenas um ainda tem de dormir na cadeia pelo mensalão, o deputado Pedro Corrêa (PP-PE), que cumpre regime semiaberto. Corrêa, entretanto, foi preso pela Operação Lava Jato e está em regime fechado –mas por motivo alheio ao escândalo deflagrado em 2005.
A situação de Corrêa é semelhante à do ex-ministro da Casa Civil no governo Lula, José Dirceu, também preso em regime fechado, mas pela Lava Jato. A diferença é que Dirceu cumpria prisão domiciliar pelo mensalão e não precisava dormir na penitenciária.
Dos outros dez políticos condenados no esquema, dois nem sequer chegaram a ser presos -José Borba, ex-deputado federal pelo PMDB paranaense e Emerson Palmieri, ex-dirigente do PTB pegaram penas alternativas.
Entre os restantes, dois –José Genoíno, ex-presidente do PT e Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do então PL (hoje PR)– estão livres. O STF extinguiu a pena de ambos.
Os ex-deputados Carlos Rodrigues (PR-RJ), João Paulo Cunha (PT-SP), Roberto Jefferson (PTB-RJ), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT), e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares cumprem prisão domiciliar. O ex-deputado pelo PTB mineiro Romeu Queiroz está em liberdade condicional.
NÚCLEO EMPRESARIAL
No núcleo empresarial do esquema, que pegou penas maiores, a situação é diferente.
Um condenado (Rogério Tolentino, ex-advogado do empresário Marcos Valério) está em liberdade condicional e todos os outros oito ainda cumprem pena em regime fechado ou semiaberto.
O empresário Marcos Valério, Ramon Hollerbach (ex-sócio de Valério), Cristiano Paz (ex-sócio de Valério) e a ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello seguem em regime fechado.
Já os ex- vice-presidentes do Banco Rural José Roberto Salgado e Vinícius Samarane, e Simone Vasconcelos, ex-funcionária de Valério, estão em regime semiaberto.
O último dos condenados a ser preso, o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que chegou ao Brasil na manhã desta sexta-feira (23) após fugir para a Itália, se une, inicialmente, àqueles que estão em regime fechado. Ele começará a cumprir sua pena, de 12 anos e 7 meses, na penitenciária da Papuda, em Brasília.
O QUE ACONTECEU COM OS CONDENADOS (CLIQUE AQUI)
Folha Press



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