O Corinthians estava engasgado na garganta do torcedor do São Paulo em 2015. Eram duas derrotas em dois jogos, e um novo tropeço na noite desta quarta-feira, em pleno Morumbi, poderia eliminar a equipe da Copa Libertadores. Mas Emerson Sheik resolveu ser expulso de forma infantil logo no começo do clássico, Luis Fabiano e Michel Bastos vazaram a meta de Cássio, e o clube tricolor atropelou seu arquirrival por 2 a 0, avançando às oitavas de final.
O camisa 11 corintiano agrediu Rafael Tolói sem bola ainda aos 19 minutos do primeiro tempo, o que levou o árbitro Sandro Meira Ricci a não pensar duas vezes a puxar o cartão vermelho direto. A partir daí, o time da casa, ainda comandado pelo interino Milton Cruz, cresceu e fez dois gols na etapa inicial, devolvendo o placar sofrido no duelo de ida pela Libertadores, em Itaquera.
Depois do intervalo, Luis Fabiano e Mendoza também foram expulsos.
O resultado não só quebrou um tabu de oito anos sem vencer o Corinthians no Morumbi, como credenciou o São Paulo a jogar a fase eliminatória da principal competição do continente. O clube se classificou como o melhor segundo colocado da etapa de grupos, e o próximo desafio promete ser duro: o adversário será o Cruzeiro, o pior entre os líderes. A equipe mineira terá a vantagem de fazer o embate de volta em Belo Horizonte.
O Corinthians, por sua vez, perdeu uma invencibilidade de 26 partidas no ano e a chance de seguir adiante com a segunda melhor campanha do certame sul-americano, o que daria a vantagem de decidir em casa até a final. Além disso, a derrota por 2 a 0 para o São Paulo despencou o time alvinegro para o quarto posto geral. O rival das oitavas será o Guarani (PAR), o quinto melhor segundo colocado a se classificar.
A fase eliminatória começa já na semana que vem, em datas que serão estipuladas pela Conmebol nos próximos dias.
O clássico no Morumbi
O São Paulo mostrou que não se abalou com o tropeço diante do Santos no fim de semana, pelo Campeonato Paulista, e começou melhor. Logo nos primeiros lances, dois cruzamentos perigosos pelo lado esquerdo assustaram o goleiro Cássio.
Apático, o Corinthians sequer conseguia passar a linha do meio de campo no início do clássico. No primeiro tempo, foram 10 finalizações tricolores, contra apenas duas alvinegras. O time de Tite aparentava nervosismo, que ficou evidente aos 19 minutos. Emerson Sheik agrediu Rafael Tolói sem bola na intermediária e levou o cartão vermelho.
A partir daí, a superioridade tricolor, que já era evidente, virou atropelo. O São Paulo se lançou ao ataque e abriu o placar. Reinaldo cruzou pela esquerda, Hudson tentou finalizar e furou, mas deixou para Luis Fabiano que, sozinho, estufou as redes, aos 31 minutos.
Foi o 14º gol do centroavante na Copa Libertadores, igualando a marca de Rogério Ceni como maior artilheiro tricolor no torneio continental. Para explodir o Morumbi, que incendiou ainda mais a equipe da casa.
Assim, o segundo gol não demorou a sair. Oito minutos depois, Michel Bastos recebeu na intermediária, viu a zaga do Corinthians lhe dar toda a liberdade para pensar e arriscou o chute de fora da área. A bola ganhou força, quicou e superou Cássio, deixando o São Paulo com vantagem de dois gols no intervalo.
Logo no início da segunda etapa, o clássico continuou quente. Mendoza, substituindo o apagado Vágner Love, dividiu bola com Luis Fabiano e levou um empurrão por trás. O colombiano tentou retrucar e atingir o são-paulino com a mão, mas errou o alvo. Só que o centroavante simulou uma agressão. O árbitro não quis saber o que houve e, sem aliviar, expulsou os dois.
Com a superioridade numérica em campo mantida, o São Paulo seguiu melhor. Aproveitando noite caótica da defesa corintiana, Denilson ingressou pelo meio, invadiu a área e acertou a trave esquerda de Cássio. Depois, teve gol corretamente anulado pelo bandeirinha. O Corinthians, aparentemente conformado com a derrota, só assistia. E assim continuou até o apito final da arbitragem no Morumbi.
* MSN
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