Ponte Preta | 1 | x | 1 | São Paulo |
A Ponte Preta está na final da Copa Sul-Americana 2013. Dono de uma boa vantagem, após a vitória por 3 a 1 na semana passada, o clube de Campinas entrou no gramado do Romildão, em Mogi, nesta quarta-feira podendo perder por dois gols de diferença, mas nem precisou. Com a mesma autoridade que atuou no Morumbi, o time alvinegro demonstrou brio, empatou com o São Paulo por 1 a 1, e conquistou vaga para a primeira decisão de uma competição internacional em seus 113 anos de história.
Com um sistema defensivo sólido e com o apoio da torcida, que viajou de Campinas até Mogi, ignorando o veto ao Moisés Lucarelli, a equipe comandada pelo técnico Jorginho conteve a pressão são-paulina com a mesma intensidade ao longo dos 90 minutos e foi premiada com um lugar na final.
O gol que confirmou a classificação da Ponte veio aos 41 minutos do primeiro tempo. Após contra-ataque rápido pela esquerda, Rildo cruzou rasteiro, Rodrigo Caio afastou mal e a bola sobrou para Leonardo livre na entrada da área. O atacante finalizou a primeira nas pernas do camisa 7 tricolor, mas aproveitou o rebote e concluiu para as redes. Luis Fabiano, que entrou no segundo tempo, igualou já no fim.
Agora o clube de Campinas aguarda o vencedor do duelo entre Libertad-PAR e Lanús-ARG para saber quem será o adversário na decisão. Os argentinos venceram o primeiro confronto por 2 a 1.
Além da vaga, a Ponte acabou com a reação do São Paulo no segundo semestre. Ameaçado de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o time tricolor se recuperou com a chegada do técnico Muricy Ramalho e passou a crescer na competição. A eliminação em Mogi também pode ter marcado a última partida de Rogério Ceni em um torneio internacional com a camisa do clube paulista. Com contrato até o fim do ano, o goleiro ainda não definiu se continua ou vai se aposentar.
A queda não é negativa apenas para o São Paulo, mas também para o técnico Muricy Ramalho. Com a eliminação contra a Ponte, o treinador acumulou sua sexta queda consecutiva em competições internacionais pelo clube do Morumbi – quatro Libertadores e duas Sul-Americanas.
O jogo começou da mesma forma da semana passada. Mesmo com uma escalação diferente em relação à semana passada, a entrada de Douglas no lugar de Lucas Evangelista para dar mais apoio ao ataque, a equipe tricolor começou a partida valorizando o passe a posse de bola.
A primeira chance do duelo aconteceu logo aos dois minutos de jogo. Douglas recebeu lançamento e foi derrubado na entrada da área. Rogério Ceni foi para a cobrança e acertou o meio da barreira.
Sem pressa, a Ponte manteve um plano mais defensivo e buscou atuar no erro dos são-paulinos. A tática quase funcionou aos nove. Arthur aproveitou a bola alçada na área e cabeceou firme, exigindo boa defesa de Ceni. Com o passar do primeiro tempo, a ideia tática dos times ficou mais clara e o São Paulo praticamente alugou a intermediária alvinegra, buscando furar o bloquei na velocidade de Ademilson pela esquerda ou no pivô de Aloisio.
Se o clube da capital não conseguiu sequer criar grandes oportunidades e ainda perdeu Denilson, que deixou o campo sentindo um mal estar para a entrada de Welligton, a Ponte aproveitou a melhor chance que teve. Aos 41, Rildo cruzou rasteiro, Rodrigo Caio rebateu para a entrada da área e sobrou para Leonardo. O atacante precisou chutar duas vezes para marcar para os campineiros.
O segundo tempo começou da mesma forma. Mesmo precisando marcar três vezes, Muricy voltou do vestiário com o mesmo time da etapa inicial. As mudanças só vieram aos 20 minutos, quando Luis Fabiano e Welliton entraram nos lugares de Paulo Miranda e Ademilson.
Já na base do desespero, o São Paulo passou a alçar bolas na área, sempre buscando Luis Fabiano como referência, mas não obteve sucesso algum, ficando refém do sistema defensivo adversário, focado e em ceder o menor espaço.
Enquanto isso, a Ponte começou a explorar as aberturas na defesa são-paulina e passou jogar de forma mais solta. O segundo gol do time alvinegro quase saiu aos 31. Magal cruzou para a área e encontrou Adaílton livre. O meia cabeceou com estilo, no contrapé de Rogério Ceni, mas viu a bola caprichosamente ir para fora.
O empate do São Paulo veio aos 38. Após confusão na área, a bola sobrou para Luis Fabiano, que cabeceou firme no canto direito do goleiro Roberto e igualou o placar. Mas pouco fez diferença. Àquela altura de jogo, a vaga já tinha dono.
* Reprodução Márcio Melo
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