A missa de corpo presente do governador de Sergipe Marcelo Déda (PT), morto nesta segunda-feira (2), no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, reuniu algumas das principais lideranças do PT, parlamentares e governadores do Nordeste em Aracaju, capital sergipana.
O corpo de Déda é velado no Palácio Museu Olímpio Campos, onde deve ficar até a terça-feira (3), dia em que o corpo do petista deverá ser cremado em Salvador. O governador sofria de câncer no sistema gastrointestinal e estava afastado do cargo desde maio deste ano.
A presidente Dilma Rousseff chegou a Aracaju por volta das 18h (19h no horário de Brasília), em avião oficial, e participou da missa reservada para familiares e amigos.
Quem também foi a Aracaju foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez um discurso emocionado durante a missa para familiares e amigos, lembrando a boa oratória que marcava o governador sergipano.
"A Dilma chegou à Presidência e não esquecemos nunca o seu discurso. Do seu discurso para mim, em 1989, quando fui indicado a ser candidato. Você fez história. E essa história tem significado de vida não só para sua família, mas para todos nós, militantes políticos desse país", afirmou.
Outro ponto ressaltado pelo ex-presidente foi a capacidade de não ter inimigos em sua carreira e chegar a ser elogiado por opositores. "Você era um companheiro capaz de fazer amizade com muita gente, e isso o fez um homem querido aqui em Sergipe. Nós te devemos muito, você não nos deve nada. Vamos ser grato eternamente, que Deus te abençoe", disse Lula.
O velório também reuniu outros nomes fortes da política nordestina, como governadores, parlamentares e líderes de partidos.
"É muita dor para o povo de Sergipe, familiares e amigos. Como pai e homem público é uma pessoa ímpar, alegre, apaixonada pelos valores sergipanos. Foi um grande prefeito. Eu perco um grande amigo. Agora, como disse a presidente Dilma, é se virar no exemplo dele", o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT)
O governador cearense Cid Gomes (PROS), também foi a Aracaju. "Sergipe perde uma pessoa que tinha espírito público, e o Brasil perde uma pessoa experiente num momento necessário. Já o Nordeste perde um defensor de suas causas", afirmou.
* Reprodução Márcio Melo
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