sábado, 31 de maio de 2014

Policiais são detidos por trabalharem como capangas de uma fazenda

Policiais são detidos por trabalharem como capangas de uma fazenda; Confira

Cinco policiais militares foram detidos e levados para a delegacia de Itabaiana, ontem (30), por estarem trabalhando armados de pistolas como seguranças privados a serviço do dono da fazenda Recreio – conhecida por Paraíso-, no município de Pilar. Segundo o deputado estadual Frei Anastácio, os policiais estavam fazendo ameaça de morte aos posseiros da fazenda.
O fato aconteceu no início da manhã, quando os cinco policiais chegaram à fazenda comandados por Ivan Bichara Sobreira Filho e Bruno Bandeira Medeiros de Arruda, se dizendo donos da terra, exigindo que os posseiros deixassem o local. Cerca de 30 trabalhadores estavam plantando na área. “Eles chegaram dizendo que era melhor os trabalhadores se retirarem, ou o pior poderia acontecer”, relatou Frei Anastácio.

Diante das ameaças, os posseiros que moram nas terras há mais de 70 anos, chamaram a polícia militar. Quando os policiais chegaram ao local, identificaram os cinco homens armados e imediatamente levaram todos para a delegacia de Pilar. “Mas, lá o delegado Ugo Lucena se recusou a fazer o flagrante, inclusive tratando mal ao comandante da operação e aos trabalhadores. Depois disso, foram todos levados para Itabaiana onde foi Boletim de Ocorrência”, disse Frei Anastácio.

Os policiais Jailson Herculano de Oliveira, Emanual Lins Vilar, Ednaldo Rodrigues da Silva, Luis Carlos Cavalcanti e Anderson Cordeiro Moreira assinaram um termo de compromisso e irão responder processo administrativo por estarem fazendo segurança privada ilegal.

“O que estamos vendo é uma briga de “cachorros grandes” entre duas famílias tradicionais, de um lado disputando a terra, e os posseiros do outro reivindicando seus direitos. Um é filho de um ex-governador e o outro descendente de latifundiários dos Ribeiros Veloso Borges”, relatou o deputado, acrescentando que os posseiros estão lutando para conquistar um pedaço de terra para trabalhar.

Fonte: Folha do Sertão com paraiba.com

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