De acordo com a Secretaria Estadual de Educação (SEEC), os problemas causados pela falta de professores em salas de aulas e os afastamentos irregulares estão com os dias contados. O órgão passará a controlar e monitorar todas as informações sobre seus 27 mil servidores a partir deste ano, para evitar situações como a dos 565 funcionários que não foram localizados pelo censo realizado no início do ano. Destes, 340 não apresentaram justificativas e devem responder a uma sindicância administrativa e podem ser exonerados.
A secretária Betânia Ramalho explicou que, com essa metodologia, será possível identificar os vários problemas existentes hoje na educação potiguar e resolvê-los rápido, evitando situações como a falta de professores que acontece em quase 100% das escolas estaduais e os afastamentos de profissionais das salas de aulas, além da readaptação daqueles que possuem doenças que os impeçam de lecionar, mas que podem ser aproveitados em outras funções.
“Hoje, não temos controle de nada dentro da secretáaria e essa é a forma que encontramos para moralizar o trabalho desenvolvido pela pasta, porque a educação passará por uma verdadeira reestruturação no Rio Grande do Norte. Estamos passando um pente fino nas 668 escolas do estado e essas ações serão incorporadas à nossa rotina, a partir de agora”, afirmou.
Ela disse que, somente com a implantação do Sistema de Acompanhamento e Gerenciamento de Pessoa (Sagep) e o Sistema de Gestão Integrada da Educação (Sigeduc), há dois anos, é que a secretaria passou a acompanhar com maior atenção a presença dos servidores nas escolas. Antes, segundo ela, isso era feito de forma manual, o que compremetia a fidedignidade das informações repassadas.
Betânia explicou ainda que, com esse novo sistema, será possível identificar e conhecer quais os problemas que geram os afastamentos dos professores de sala de aula, sejam as licenças ou as readaptações. As primeiras são responsáveis por cerca de 600 ausências, já as segundas, por 1,7 mil profissionais que deveriam lecionar, mas estão readaptados em outras funções nas escolas, por motivos de saúde.
“Quando um professor tem um problema que o impede de trabalhar, a Junta Médica diz isso, mas nós queremos compreender as causas que motivaram esse afastamento e como a junta decide isso, quais critérios usam para justificar a licença ou readaptação. Vamos organizar e discutir tudo isso, porque os principais prejudicados são os estudantes, que ficam sem professores porque quase todas as escolas do estado tem cargas horárias descobertas”, disse.
Fonte: Portal JH
Quem não apresentou justificativa pode ser exonerado
O prazo para que os professores “fantasmas” se apresentarem e se justificarem onde estavam trabalhando ou não acabou nesta quinta-feira (24). Dos 565 identificados, apenas 225 compareceram a chamado, mas, assim como os demais, devem se explicar à SEEC. Cerca de 40% são lotados em Natal e o restante, espalhados pelos demais municípios do Rio Grande do Norte.
Segundo Betânia Ramalho, os 340 que não se justificaram responderão a uma sindicância que será feita por uma comissão composta por representantes da SEEC, da Admininstração, da Controladoria Geral e da Procuradoria Geral do Estado e do Gabinete Civil. Todos correm o risco de serem exonerados caso não comprovem, com documentos, o porque não estavam trabalhando. “Todos terão um novo prazo para explicar o porquê não responderam ao censo e não se apresentaram dentro do tempo dado para isso, que foi de mais de um mês, para não responderem à sindicância”, afirmou.
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