quarta-feira, 2 de julho de 2014

Irmão de Fafá Rosado é condenado e terá que devolver mais de R$ 100 mil

EX-prefeita Fafá Rosado, Secretário de Cultura, Gustavo Rosado e a ex-secretária de Cultura Clézia Barreto. Fonte: Divulgação
O atual secretário de Cultura de Mossoró, Gustavo Rosado, está proibido de ocupar cargos públicos, seja comissionado ou por concurso. O impedimento é consequência da condenação sofrida por ele na Justiça Estadual, que o condenou por usar a máquina pública em benefício próprio. A informação está no blog do jornalista Carlos Santos, de Mossoró.

Apesar de também ter sido condenado a pagar uma restituição aos cofres públicos de R$ 100 mil, o que deve pesar mais para Gustavo Rosado deverá ser mesmo não poder ocupar mais cargos públicos. Afinal, ele está nesta situação há um bom tempo. Foi secretário-chefe do Gabinete Civil na gestão da irmã, a ex-prefeita de Mossoró, Fafá Rosado. Na ocasião, inclusive, até foi acusado de usar a máquina pública para beneficiar a candidata Cláudia Regina, que acabou se elegendo prefeita.
E na gestão de Cláudia Regina, Gustavo Rosado também teve seu cargo público, mesmo tendo sido, depois, multado pela Justiça Eleitoral pela irregularidade praticada na época da campanha.
De qualquer forma, Cláudia Regina foi cassada, mas Gustavo Rosado não deixou o cargo. Apoiou o prefeito interino Francisco José Júnior, do PSD, e acabou chegando a chefia da Secretaria de Cultura de Mossoró, onde estava até a condenação – mas deveria ser exonerado devido ao rompimento entre Fafá e Francisco José Júnior, anunciado na semana passada.
Segundo o jornalista Carlos Santos, Gustavo Rosado foi condenado pela juíza Anna Isabel de Moura Cruz, da Vara da Fazenda Pública, no dia 9 de junho. Porém, perdeu o prazo para ratificar um recurso e, dessa forma, o processo transitou em julgado.
A denúncia foi formalizada pelo Ministério Público do RN, através do processo 0005030-11.2010. 8.20.0106, que versa sobre improbidade administrativa e violação aos princípios administrativos.
A denúncia, vale lembrar, foi motivada por reportagens investigativas, que apontaram que a empresa SFE Segurança Patrimonial e Privada Ltda, que até hoje é terceirizada da Prefeitura de Mossoró, cedia empregados para segurança privada do “super-secretário”, como era conhecida Gustavo Rosado. Na casa dele, diariamente, havia seguranças municipais das 18h às 6h da manhã.
Com isso, o Ministério Público provou que Gustavo – durante os 51 meses (entre janeiro de 2005 e abril de 2009) – teria se beneficiado dos serviços oferecidos pela empresa SFE, para atendimento a seus interesses particulares. Com o uso de serviço público em benefício próprio, o prefeito de fato teria enriquecido de forma indevida às custas do dinheiro público municipal. Se fosse contratar pessoalmente segurança privada, ao tempo da instrução, um posto de segurança noturna custaria na faixa de R$ 5 mil/mês.
“A partir daí e por outras matérias denunciativas e investigativas, o editor desta página passou a sofrer uma impiedosa perseguição que não poupou sequer familiares (como filhos). Num único dia, o esquema de Gustavo, irmão da então prefeita Fafá Rosado, chegou a protocolizar 11 (onze) processos contra o editor desta página. A ordem era desestabilizá-lo emocionalmente, impedi-lo do exercício da profissão e bani-lo do meio”, afirmou Carlos Santos, na postagem feita no blog dele.
Fonte: O Jornal de Hoje

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