sábado, 16 de maio de 2015

Morre aos 81 anos, o ator global Elias Gleizer: o Manolo de Flor do Caribe

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Morreu neste sábado, dia 16, no hospital Copa D’Or, o ator Elias Gleizer. Ele estava internado desde quarta-feira, 6 de maio, após fraturar cinco costelas e perfurar o pulmão durante uma queda de escada rolante. A causa da morte oficial foi por conta das complicações, que levaram à falência circulatória por conta de bronco-pneumonia.

No dia 6, Gleizer havia saído apenas para ir ao dentista. O próprio dentista foi buscar o ator em sua casa, na Barra da Tijuca, para levá-lo ao consultório, dentro de uma galeria em Copacabana. Na subida pela escada rolante, Gleizer caiu, quebrando as costelas e perfurando o pulmão. Ele foi internado e atendido de imediato, mas logo começaram algumas complicações: ele pegou uma pneumonia e uma infecção hospitalar. O ator já havia saído da UTI para a semi-UTI, mas não resistiu.
Sua assessora de imprensa havia conversado com ele por telefone nesta sexta-feira, dia 15, e ele havia dito que estava tudo bem, que não era para se preocupar, que logo logo ele iria para casa. O óbito pegou a todos de surpresa.
O enterro deve ser no Rio de Janeiro, a confirmar, mas com certeza, apenas a partir do domingo, por ele ser judeu e, ao morrer num sábado, só se pode dar sequência às resoluções após o pôr do sol. Sua única irmã, Rosa está vindo de São Paulo para o Rio de Janeiro para resolver as burocracias. Aos 81 anos, Gleizer nunca casou nem teve filhos.
O ator Bruno Gagliasso, que foi seu neto na novela Caminho das Índias, foi o primeiro a postar em seu perfil no Instagram uma foto do ator e a carinhosa mensagem: “Meu avô querido… Chegou a hora de descansar”.
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Entre 2011 e 2013, o ator havia sido internado por três vezes, devido a complicações de um problema renal crônico, e chegou aos 67 quilos – perdendo mais de 50 dos habituais 120. Mas ele estava com a doença controlada por diálise.
Em 56 anos de carreira, iniciada na TV Tupi, em 1959, Gleizer participou de mais de 50 novelas, séries e minisséries, sendo seu último trabalho na novela Boogie Oogie, em 2014. Seu tipo bonachão e seu jeito doce sempre renderam muitos personagens do mesmo estilo, incluindo 10 padres, e por isso o carinho da classe, como Bruno Gagliasso em lhe chamar eternamente de “avô”. “Eu fiz mais de cinco novelas com crianças. Eu tenho cara de vovô. Mas fiz mais novela de padre. Foram dez padres. Também fiz frei, só não consegui ser bispo”, brincou ele, em depoimento ao Memória Globo, em 2011.
Na Globo, Gleizer iniciou em 1984, a convite de Walther Negrão, para atuar em Livre para Voar, e se destacou em várias novelas e minisséries de sucesso, como Direito de Amar (1987), Fera Radical (1988), Tieta (1989), Explode Coração (1995) e Chiquinha Gonzaga (1999). Seus mais recentes trabalhos, além da participação em Boogie Oogie, foram Flor do Caribe (2013), Terra Nostra (1999), Sinhá Moça (2006) e Passione (2010). Ele ainda participou de Malhação, Zorra Total, e do filme Didi Quer Ser Criança (2004).
Filho de imigrantes judeus poloneses – um sapateiro e uma dona de casa – que fugiram para o Brasil na época da perseguição na Europa, Elias Gleizer nasceu em 1934, em São Paulo, sendo batizado como Ilicz Glejzer. Ele adorava brincar com seu nome. “Quando estou numa repartição pública, na hora da entrega do documento, eles começam: ‘Pedro de Oliveira, Antonio de Souza, Joaquim Gonçalves…’ Quando percebo uma pausa de dois minutos, falo: ‘Sou eu’. Meu nome é Ilicz. Costumo dizer que houve só três Ilicz no mundo: Ilytch Tchaikovsky, Vladimir Ilyich Lênin e Ilicz Gleizer”, disse, também ao Memória Globo.
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 Fonte: O Jornal de Hoje via Época

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