terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Médico falta a plantão e rapaz baleado é transferido para outra cidade, em RO

Com 3 balas alojadas, Robson Silva não foi atendido em hospital de Vilhena.
Família registrou boletim de ocorrência; estado de saúde é grave.


Robson teve que ser transferido porque médico faltou a plantão (Foto: Reprodução/TV Rondônia)
Robson Silva teve que ser transferido porque médico
faltou a plantão (Foto: Reprodução/TV Rondônia)
Na primeira noite de carnaval de rua de Vilhena (RO), Robson Santos Silva foi baleado com três tiros disparados por um adolescente de 17 anos. Com as balas ainda alojadas no corpo e em estado grave, o rapaz teve que ser transferido para Cacoal (RO) no domingo (10), porque não recebeu atendimento médico no Hospital Regional da cidade. O anestesista escalado para o plantão não compareceu ao trabalho e, segundo a direção do hospital, o médico justificou a falta por problemas de saúde. O rapaz esperou cerca de 6 horas para conseguir ser transferido.
Silva passou por uma cirurgia e está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Cacoal. Os disparos perfuraram rins, fígado e pulmão. Duas balas ainda estão alojadas na coluna e o rapaz deve passar por outra cirurgia.
De acordo com o diretor da unidade de saúde de Vilhena, Adilson Rodrigues, um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) expedido pelo Ministério Público (MP) regulamenta que das 24 horas do plantão médico, apenas 6 horas devem ser cumpridas nas dependências do hospital. No restante do tempo, o profissional deve ficar atento aos chamados, podendo ser solicitado a qualquer momento. Segundo o diretor, o anestesista que estava na escala do plantão não foi localizado para atender ao paciente.
"Eu fiz meu contato com o médico também, mas não obtive sucesso. Foi aonde eu consegui a transferência e o encaminhamento para Cacoal. Depois ele [o médico] retornou e disse que estava indisposto e não viu o telefone tocar. Ele sabe das consequências. Eu acho impossível ele não ter visto o telefone tocar", afirma Rodrigues.
A família de Silva registrou um boletim de ocorrência contra o anestesista por omissão de socorro e o médico deve sofrer punições administrativas.

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