Motorista foge com carro-forte e diz ter dado dinheiro aos pobres no Paraguai

Ilustrativa

Um motorista de uma empresa de segurança que sumiu com o dinheiro que estava no carro-forte que dirigia, no Paraguai, se entregou à polícia nesta quarta-feira (20). Ele disse ter repartido a maioria dos fundos entre seus conhecidos e pessoas necessitadas.

O motorista da empresa Prosegur fugiu com o veículo no momento em que dois colegas desceram para recolher fundos de uma empresa em Assunção, nesta terça-feira (19). Carlos González se entregou em uma delegacia da capital paraguaia por volta da meia-noite e justificou o crime pelas condições "desumanas" nas quais, segundo ele, as pessoas da empresa trabalham.

González afirmou que levou "somente" 600 milhões de guaranis (cerca de US$ 150 mil) e não os 1,84 bilhões de guaranis que a empresa Prosegur afirma que havia no carro-forte.

"Roubei o ladrão", disse González em entrevista à Rádio Ñandutí, na qual explicou que, após fugir com o dinheiro, se dedicou em reparti-lo "entre os pobres", em fardos de 5, 10 ou 15 milhões, em Assunção e localidades vizinhas.

O advogado da Prosegur, José Domingo Almada, afirmou que no furgão havia 4,450 bilhões de guaranis (cerca de US$ 1,1 milhões) e "que o valor que falta, sem dúvidas, é de 1,85 bilhões" (cerca de US$ 470 mil).

O defensor afirmou que o funcionário se utiliza de uma "estratégia defensiva" para "ser visto como um Robin Hood moderno" que "em nada o exime" da responsabilidade nos crimes de furto e lesão de confiança, pelos quais a Prosegur já apresentou denúncia.