quinta-feira, 4 de abril de 2013

Imagens de satélite mostram movimento em reator nuclear norte-coreano


Soldados norte-americanos que reforçaram tropas na Coreia do Sul vestem trajes que seriam capazes de suportar guerra química

A Coreia do Norte começou a fazer obras em seu reator nuclear de Yongbyon, após anunciar nesta semana que reiniciaria sua atividade, de acordo com imagens de satélite divulgadas nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Estados Unidos-Coreia.
A instituição, vinculada à Universidade Johns Hopkins de Washington, diz em seu site que essas obras de restauração "podem estar destinadas a reiniciar a instalação", que foi paralisada em 2007 mediante um acordo assinado no marco das negociações de seis lados para a desnuclearização de Pyongyang.
Além disso, assinala que as obras começaram entre meados de fevereiro e o fim de março e que o complexo de Yongbyon pode estar em funcionamento "em algumas semanas".
Dentro da série de ameaças feitas pelo regime de Pyongyang no último mês, o país comunista anunciou na terça-feira que reativará todas as suas instalações nucleares, incluindo o reator atômico de cinco megawatts em Yongbyon.
As imagens por satélite, feitas pela empresa DigitalGlobe em 27 de março, mostram, segundo a fundação, "escavações" que podem estar vinculadas à substituição de componentes do "circuito de refrigeração secundário", que foi paralisado pelo acordo de 2007.
Após as sanções impostas pela ONU à Coreia do Norte devido ao seu teste atômico de fevereiro, o regime de Kim Jong-un endureceu sua tradicional retórica belicista e fez uma série de graves ameaças contra Washington e Seul.

AMEAÇAS
Nesta quarta-feira, o Exército norte-coreano assegurou que está preparado para atacar "com meios nucleares" os Estados Unidos e a Coreia do Sul.
Editoria de Arte/Folhapress
O exército da Coreia do Norte afirmou estar pronto para fazer um ataque nuclear contra os EUA, segundo um comunicado divulgado pela agência estatal KCNA.
O Estado-Maior do Exército norte-coreano indicou que havia expressado formalmente a Washington que as ameaças americanas serão "esmagadas" utilizando "meios nucleares modernos, leves e diversos", de acordo com o comunicado.
"A operação sem compaixão das forças armadas revolucionárias neste aspecto foi finalmente examinada e ratificada", indicou.
O Exército advertiu na nota que "o momento de uma explosão (da situação) se aproxima rapidamente" e que uma guerra na península coreana pode eclodir hoje ou amanhã.
Anteriormente, o país coreano tinha dito que as bases militares americanas na ilha, além do Havaí, estavam entre os potenciais alvos de um ataque.
Em resposta, o Pentágono anunciou ontem que os EUA estão mandando um sistema de defesa antimísseis para a ilha de Guam, um dos territórios americanos no oceano Pacífico, nas próximas semanas.
O Departamento da Defesa vai enviar um sistema conhecido como Defesa Aérea Terminal de Alta Altitude (THAAD, na sigla em inglês), que inclui um lançador montado em caminhão, interceptadores de mísseis, um radar de rastreamento AN/TPY-2 e um sistema integrado de controle de fogo.
Segundo o Pentágono, a decisão foi uma medida de precaução contra as ameaças feitas por Pyongyang nas últimas semanas, que elevaram a tensão na península coreana e despertaram a preocupação dos aliados americanos na região.
Este é o terceiro anúncio militar desde o início da semana. Antes, o Pentágono confirmou o posicionamento de dois destróieres equipados com sistema antimísseis no Pacífico ocidental.
"Os Estados Unidos continuam vigilantes em face das provocações norte-coreanas e estão prontos para defender o território dos EUA, de nossos aliados e nossos interesses nacionais", disse uma porta-voz do Pentágono.

ACESSO PROIBIDO
Nesta quarta-feira, a Coreia do Norte bloqueou o acesso de sul-coreanos a um parque industrial conjunto em Kaesong, do lado norte-coreano da fronteira. Dias antes, Pyongyang havia ameaçado fechar o complexo, que é operado por mais de 123 empresas sul-coreanas e tem cerca de 54 mil funcionários norte-coreanos.
Seul disse que os mais de 800 cidadãos do país que permaneceram no local têm permissão para voltar, mas deixou claro que existe um plano de emergência para garantir a segurança das pessoas na fábrica.

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