Um preso foi encontrado morto na CCPJ (Central de Custódia de Presos de Justiça) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, no início da manhã desta terça-feira (21).
Segundo informações do Sindspem (Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Maranhão), o preso Jó de Sousa Nojosa foi encontrado enforcado no bloco D da ala, considerada a mais violenta de Pedrinhas.
Esta é a terceira morte ocorrida no complexo de Pedrinhas este ano, que está sob a segurança da PM (Polícia Militar) e da Força de Segurança Nacional.
O Maranhão passa por uma crise na área de segurança pública que tem como foco o complexo de Pedrinhas. Superlotado, com 1.700 vagas e 2.200 presos, o complexo registrou 60 assassinatos de presos em 2013, sendo que a maioria deles foi ocasionado por briga entre facções criminosas que agem dentro dos presídios maranhenses.
Um relatório do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) mostrou que o domínio de facções criminosas que agem dentro dos presídios maranhenses deixam as unidades prisionais "extremamente violentas", causando diversos assassinatos e estupros, e acabam comprometendo a segurança do local.
O clima é de tensão na CCPJ de Pedrinhas desde a semana passada. Os presos estão pressionando a saída do Batalhão de Choque da PM e chegaram a entrar em greve de fome por quatro dias.
Na última quinta-feira (16), detentos tentaram se rebelar por duas vezes. No último motim, ocorrido na parte da noite, a polícia disse que encontrou um revólver 38 e 16 munições intactas após dois homens da Força Nacional terem sido alvo de tiros, mas se protegeram com os escudos.
Nessa segunda-feira (20), nove líderes do Bonde dos 40, facção que ordenou os ataques a quatro ônibus no último dia 3, a qual matou uma menina de seis anos e feriu mais quatro pessoas, foram transferidos do complexo penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, para presídios federais de segurança máxima.
De acordo com a Sejap (Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária), o preso morreu por enforcamento com uma 'teresa' - espécie de corda feita com lençóis.
O Icrim (Instituto de Criminalística) está realizando uma perícia no local e somente após o trabalho é que será possível apontar as circunstâncias da morte do preso.
Durante a manhã, um carro do IML (Instituto Médico Legal) estava na central de custódia aguardando o corpo ser liberado para levar para necropsia.
* Reprodução Márcio Melo via Uol
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