quinta-feira, 27 de março de 2014

Missão (quase) cumprida: Fla passa fácil pela Cabofriense e está perto da final do Carioca

Fla vence Cabofriense e fica perto de decisão

A missão era clara: matar o confronto no primeiro jogo e carimbar a vaga para a final do Carioca. E não seria exagero dizer que o Flamengo conseguiu. Sem dificuldades, o time rubro-negro venceu a Cabofriense por 3 a 0, no Maracanã, gols de Everton, Paulinho e Alecsandro, e abriu ampla vantagem para o segundo embate, sábado, também no estádio.

O Maracanã, aliás, foi um destaque à parte. Não pela magia da torcida, a empolgação vibrante da arquibancada. Nada disso. Mas pelo público pífio em uma semifinal de Campeonato Carioca. Apenas 3.635 torcedores pagaram para assistir ao jogo.
Jayme de Almeida, disposto a encerrar o confronto no primeiro jogo, preferiu não arriscar Digão ocupou a lateral direita e João Paulo, a esquerda. Léo Moura e André Santos, lesionados, não jogaram. E o técnico ainda promoveu a volta de Paulinho ao time titular, na vaga de Gabriel, e deixou Muralha fora para a entrada de Márcio Araújo. Deu certo.
No próximo confronto, sábado, às 18h30, os rubro-negros poderão até perder por dois gols de diferença para carimbar a passagem para a final. Em caso de vitória da Cabofriense por três gols, a decisão será nos pênaltis.

O jogo

De tão vazio que estava o Maracanã para uma semifinal de Campenato Carioca, o toque na bola de cada jogador era facilmente ouvido. Mesmo sem a pressão da torcida, a Cabofriense permaneceu em seu campo no início, aguardando o Flamengo. E os rubro-negros foram para cima.
No papel, o time de Jayme de Almeida contava com rês volantes, Amaral, Márcio Araújo e Luiz Antonio. Mas este último era mesmo uma arma de ataque. A força do time vinha pelas subidas do camisa 25, sempre pela direita. Mas após duas ou três investidas sem sucesso, o time rubro-negro tomou um susto.
Em rápido contra-ataque aos 11 minutos, Keninha avançou pela esquerda e tocou em Eberson. O camisa 10 da Cabofriense, caprichoso, cruzou bonito para a área, em um estampido perfeitamente audível no Maracanã gelado. João Paulo, então, marcou bobeira e só observou Tijolo dominar e carimbar a trave de Felipe.
O sistema defensivo do Flamengo parecia confuso, dava espaços. Mas o meio de campo funcionava um pouco melhor. A bola girava, de um lado para o outro, de maneira até paciente em busca de uma brecha. Aos 17 minutos, ela veio. Márcio Araújo descobriu João Paulo no lado esquerdo.
O lateral cruzou na medida e Hernane, bem colocado, cabecou no cantinho. Cetim, atrasado, não buscou a bola, que tocou a trave esquerda. No rebote, Everton mandou para o fundo da rede e ampliou a vantagem, que já era de um empate, para uma vitória. 1 a 0.
o revés não indimidou a Cabofriense, que voltou a tocar bola, esperando um contra-ataque. Aos 28 minutos, Eberson recebeu na entrada da área, pelo lado esquerdo, e mandou a bomba. Felipe espalmou e fez bela defesa, evitando o empate.
Ainda assim, o Flamengo puxara o freio de mão. Hernane, afoito, saída da área para buscar jogadas. João Paulo era vaiado cada vez que tocava na bola. E o clima ficou mais propício para o time da Região dos Lagos. Aos 39 minutos, Keninha recebeu a bola pelo lado direito da área, cortou para dentro e cruzou.
No bate-rebate entre a azga e Fabrício Carvalho na pequena área, a bola sobrou para Jardel, que bateu de chapa, mas Felipe fez presença e, de novo, garantiu o empate a um Flamengo que já se fazia sonolento. E o intervalo chegara.
Na segunda etapa, Jayme de Almeida deixou claro logo de saída que seu objetivo era deixar o Maracanã com a vaga para a final praticamente garantida. Sacou João Paulo, perseguido, para a entrada do argentino Lucas Mugni no meio. Everton acabou deslocado para a lateral esquerda. E o Flamengo voltou mais animado.
A empolgação foi premiada logo de cara. As jogadas com Luiz Antonio pela direita continuavam. Mas foi pelo meio que o caminho para o segundo gol de abriu. Digão tocou para a intermediária e Hernane, com um leve toque, apenas ajeitou a bola para Paulinho, que entrou como uma flecha na grande área. Na saída de Cetim, não houve perdão. Flamengo 2 a 0 com apenas cinco minutos.
A partir daí, ficou mais fácil. A Cabofriense pareceu abatida. E os rubro-negros tiveram mais tranquilidade e espaço. Aos 18, Mugni achou Márcio Araújo na grande área, mas ele chutou para fora. Um minuto depois, Digão bateu cruzado, a bola passou por todos e Hernane, de carrinho, quase tocou nela.
O Brocador, aliás, estava incomodado. Tentava, batalhava, corria. Não conseguia. Então, as primeiras vaias em sua direção surgiram na arquibancada. Jayme percebeu e acionou Alecsandro. Na caminhada para a substituição, parte tentou vaiar o Brocador, embora a maioria tenha aplaudido. Mas o futebol prega peças. E quando a fase é ruim...
Hernane nem mesmo tinha sentado no banco de reservas quando Alecsandro correu para a área. Paulinho cobrou escanteio e, em seu primeiro toque, o atacante mandou para o fundo da rede, de cabeça. Décimo gol de Alecsandro no Estadual, artilheiro ao lado de Edmílson, do Vasco. Aos 27 minutos do segundo tempo, o Flamengo abria 3 a 0 no placar.
Diante da enorme vantagem e da vaga na final praticamente consolidada, coube ao time tocar bola. A Cabofriense, pobre, nem tinha mais forças. Era só observar o baile e questionar a necessidade de uma segunda partida no sábado. Porque, convenhamos: a missão rubro-negra está praticamente cumprida.

Fonte: MSN

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