quarta-feira, 19 de março de 2014

MMA comemora dois anos do Bolsa Verde com seminário internacional



Da Agência Brasil - O Ministério do Meio Ambiente promoveu hoje (19) o Seminário Internacional do Programa de Apoio à Conservação Ambiental (Bolsa Verde), para uma avaliação do programa, que completou dois anos em outubro de 2013.
Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o Bolsa Verde, até agora, trabalhou no cadastro e pagamento do benefício para as famílias em situação de extrema pobreza, que vivem em áreas prioritárias para conservação ambiental. “Agora temos que sair do outro lado do túnel.
Se eu faço a transferência de renda, preciso dar condições para essas pessoas saírem da pobreza. É o desafio do Bolsa Verde: promover a inclusão social dessas pessoas com as regras de conservação do Brasil, que são extremamente restritivas; trabalhar com a erradicação da pobreza como elemento estratégico de sustentabilidade”.
O Bolsa Verde foi lançado em 2011, como parte do Programa Brasil sem Miséria, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), e concede, a cada trimestre, um benefício de R$ 300 às famílias ribeirinhas, extrativistas, indígenas, quilombolas e de outras comunidades tradicionais. Como 47% das 16,2 milhões de pessoas que vivem em situação de extrema pobreza estão na área rural, a proposta é aliar o aumento na renda à conservação dos ecossistemas e ao uso sustentável dos recursos naturais.
“O objetivo desse debate internacional não é só fazer um balanço, mas fortalecer o social com o ambiental, entender como essas relações se estabelecem. Precisamos dialogar sobre essas questões em um novo patamar para que a política ambiental tenha capacidade de dialogar com outras políticas e influenciar um novo modelo de governança pública nesses locais”, disse a ministra, para quem a interlocução com os agentes financeiros é necessária do ponto de vista do desenvolvimento regional.
O embaixador britânico no Brasil, Alexandre Ellis, também participou do seminário e ressaltou a importância do Brasil na agenda ambiental global. “O que acontece no Brasil, em termos ambientais, tem consequências no mundo todo. Mas não é só uma questão de mudanças climáticas, o Reino Unido apoia a transformação social no Brasil, que tem tanta riqueza natural lado a lado com pobreza rural. Como mudar isto, aumentar a prosperidade das pessoas sem destruir as riquezas naturais? Isto é bastante fácil de observar e difícil de fazer”, argumentou o embaixador.
Até dezembro de 2013, o Bolsa Verde atendeu a 51,2 mil famílias, o que corresponde a um investimento R$ 70 milhões. Em 2014, serão investidos R$ 100 milhões no programa, que alcança 65 unidades de conservação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), 767 projetos de assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e 57 municípios com áreas administradas pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
O estado do Pará conta com o maior número de beneficiários, e 75% do total das famílias do programa estão na Região Norte.

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