Uma multidão se reuniu nesta quinta-feira (1) no circuito de Ímola, na Itália, para prestar homenagens a Ayrton Senna nos 20 anos de sua morte. De acordo com o Corpo de Bombeiros local, cerca de 20 mil pessoas estiveram presentes – entre elas, pilotos e ex-pilotos como Fernando Alonso, Kimi Räikkönen e Gerhard Berger.
Vários deles discursaram falando a respeito do brasileiro e prestaram um minuto de silêncio às 14h17 locais – horário exato de sua batida na Tamburello.
O que era para ser apenas uma homenagem, contudo, começou de forma caótica. O site italiano ‘F1 Passione’, responsável pela organização do evento, vendeu dez mil ingressos antecipadamente, mas a multidão que se aglomerou na entrada do circuito causou um início de tumulto, e os portões tiveram de ser abertos para que todos entrassem. Dentro do circuito, as pessoas se dirigiram ao muro da curva do acidente fatal, onde ficaram reunidas.
Apesar da maioria italiana, gente de toda a Europa foi para Ímola. “Eu tinha de estar aqui para este evento especial. Sou um grande fã de Senna”, disse Brian de Malta, um dos presentes. Outro fã croata, Mattias, afirmou que não poderia perder a homenagem por que Ayrton era “mais do que um piloto, era nosso herói”.
Foi realizada uma missa no local em nome do tricampeão e também de Roland Ratzenberger, morto um dia antes do brasileiro, durante a sessão classificatória para o GP de San Marino de 1994. Além de Alonso e Räikkönen, Pedro de la Rosa e Jules Bianchi foram outros dos pilotos presentes nesta quinta-feira em Ímola.
“É um momento para recordar um grande campeão, que era um ídolo para mim”, disse Alonso. “Eu era um garoto correndo de kart e sempre assistia às corridas para ver Senna com o capacete amarelo vencendo corridas, com o carro número 1. Quando você é um garoto, isso causa um grande impacto sobre você”, prosseguiu.
“Ele causou um enorme impacto sobre a minha geração como o melhor piloto e, também, claramente, em todas as pessoas que estão aqui hoje”, acrescentou.
No time dos ex-pilotos de F1, nomes como Berger, Riccardo Patrese, Jarno Trulli, Pierluigi Martini, Ivan Capelli e Emmanuele Pirro também estavam no evento.
“Mesmo que este seja um momento triste por lembrar o que aconteceu aqui há 20 anos, é, também, um grande momento voltar para Ímola”, afirmou o austríaco, que dividiu os boxes da McLaren com Senna entre 1990 e 1992. “Na minha geração, tivemos muitos bons momentos aqui. Estamos felizes por estar aqui e dar todo o respeito ao nosso amigo Ayrton, que é o melhor piloto de todos os tempos.”
Outro ex-piloto que também estava em Ímola e prestou seu depoimento foi Nigel Mansell, um dos grandes rivais do brasileiro na pista. “Ele não deixava pedra sobre pedra para obter o máximo de seu carro e de sua equipe. Foi meu rival mais duro”, disse. “Na década de 1980, eu fui abençoado por pilotar contra tantos grandes pilotos, mas Ayrton certamente foi o que mais se destacou no meio deles.”
Damon Hill, último companheiro de equipe de Senna, corroborou as palavras de Mansell. “Os japoneses e brasileiros viam ele como um deus. Sua paixão era inegável, e eu sinceramente acredito que ele queria fazer do mundo um lugar melhor.”
Senna faleceu no dia 1º de maio de 1994 após uma violenta batida no muro da curva Tamburello, na sétima volta do GP de San Marino daquele ano, no fim de semana mais negro da história da F1. Desde então, diversas mudanças na questão de segurança foram aplicadas na categoria, que nunca mais lidou com acidentes fatais.
Fonte: Grande Prêmio
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