terça-feira, 7 de outubro de 2014

Campanha de Dilma deve concentrar forças em SP, MG, Rio, Sul e PE

Petistas querem mobilização total do partido para não perder votos em nenhum lugar e conquistar posições ganhar por Marina Silva.

* MSN - A presidente Dilma Rousseff, durante reunião com seus principais assessores na noite de domingo e nesta segunda-feira, fez um balanço da sua situação eleitoral no País, concluindo que tem de concentrar suas forças em três principais Estados: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Além de dar atenção também ao Sul do País e a Pernambuco.

A equipe de campanha quer que todos estejam completamente mobilizados para garantir a reeleição de Dilma. Assim, o apelo que será feito nesta terça-feira aos governadores será estendido a ministros, líderes e parlamentares. "A mobilização precisa ser geral", comentou um auxiliar da presidente. A equipe de campanha da candidata à reeleição quer que as estruturas de campanha dos governadores já eleitos sejam mantidas para ajudar Dilma Rousseff. Considera isso fundamental, por exemplo, em Minas Gerais, onde superou o número de votos de Aécio Neves e onde "não quer perder um voto sequer".
Os coordenadores da campanha à reeleição da petista querem que os governadores aliados já eleitos em primeiro turno ou reeleitos se mantenham mobilizados. "Não podemos perder nem um voto em Minas e, se possível, (vamos) ampliar esta margem", comentou outro integrante da campanha dilmista. Esses coordenadores querem mobilizar inclusive os deputados e senadores da base aliada para ajudar na sua reeleição e o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, vai se movimentar para conversar com parlamentares para ajudar no esforço.
Líderes da base que foram reeleitos serão chamados para atuar em suas bases eleitorais nos municípios. Os ministros que representam partidos no governo também terão de se empenhar. "A mobilização tem de ser total", repetiu outro auxiliar. "Agora é a hora do tudo ou nada", emendou.
A campanha de Dilma quer usar esta capilaridade de governadores, deputados e senadores para tentar ampliar a base no Nordeste, onde a presidente poderá reduzir as viagens, já que ali os votos da presidente estão consolidados. Por isso, ela quer ajuda de todos não só no Nordeste, mas nos seus respectivos Estados. "A guerra será voto a voto", disse um dos interlocutores próximos à presidente.
No Nordeste, o foco é Pernambuco e, apesar de o governador eleito em primeiro turno, Paulo Câmara, já ter sinalizado apoio ao candidato do PSDB, Aécio Neves, a candidata à reeleição Dilma Rousseff vai em busca de 48% dos votos do Estado a favor de Marina.
Neste caso, o apoio de Lula, nascido em Pernambuco, será fundamental. Lula também vai ajudar na conversa com Marina, apesar dos ataques feitos a ela e das mágoas que despertou na candidata do PSB. O governo acredita que, não tendo mais Marina no páreo, o empenho de Lula será mais importante do que o de Paulo Câmara.
No caso de Minas Gerais, a ordem é trabalhar em todas as regiões do Estado para conquistar, não só os 14% de votos que Marina teve no Estado, mas aproveitar este "troco" que os mineiros deram em Aécio. No Estado, Aécio perdeu para Dilma por 3 pontos porcentuais, ficando com 40% e a petista com 43%. Este será, inclusive, um dos principais argumentos da propaganda eleitoral contra Aécio, que ele foi "reprovado" em seu Estado e que, se nem o seu Estado o aprova, o Brasil também não deve votar nele.
No Rio, a campanha de Dilma quer pegar os eleitores de Marina, que chegaram a 31%. "Dilma precisa de subir dez pontos para ganhar a eleição", comentou um interlocutor da presidente ."E esses pontos têm de ser tirados dos votos de Marina", emendou. O governo também quer reforçar o palanque em Mato Grosso do Sul, onde o petista Delcídio Amaral vai enfrentar o tucano Reinaldo Azambuja. Lá Aécio ganhou 41% dos votos, contra 38% de Dilma e 19% de Marina. Este poderá ser até mesmo um Estado a ser visitado por Dilma no segundo turno das eleições e a sua presença lá reforçará a polarização de tucanos e petistas.
A campanha de Dilma quer reforçar ainda o Sul do País. A ideia é fortalecer o palanque do petista Tarso Genro porque a disputa no Estado fará com que os votos dos peemedebistas migrem para Aécio Neves, opositor no Rio Grande do Sul, e não para Dilma, com quem o PMDB tem uma aliança nacional. No Estado, Marina teve apenas 12%, mas os petistas querem disputar estes votos. Ao mirar no Sul do País, a campanha quer trabalhar intensamente também em Santa Catarina e no Paraná, onde Dilma perdeu feio. Em Santa Catarina, Dilma vai apelar ao governador Raimundo Colombo, já reeleito em primeiro turno. Lá, Dilma teve 33% dos votos contra 50% de Aécio e 14 % de Marina. No Paraná, onde o governador do Estado foi reeleito, e é do PSDB, a situação é considerada mais difícil. A candidata do PT, Gleisi Hoffmann, ficou com apenas 14,8% dos votos.
O governo ainda conta em poder atrair o PSB, histórico aliado do PT. Por isso mesmo, já começou a construir as pontes em busca dos votos de Marina.

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