Para aumentar a produção no Estado vizinho, a Agrícola investiu, de início, R$ 8 milhões. O valor poderia ter ficado no RN e não considera o investido no custeio das atividades no Ceará. Antes de pensar em transferir parte da produção, a empresa havia investido cerca de R$ 20 milhões em galpões para embalar frutas no RN. “Tive que fazer tudo de novo no Ceará”, afirma Barcelos. A área de plantio, na região Oeste, foi reduzida em 23,3%, passando de 3 mil hectares para 2,3 mil. No Ceará, a área cresceu na mesma proporção.
A empresa, que produz 60 mil toneladas de frutas no Ceará e 120 mil toneladas no Rio Grande do Norte, já admite novas transferências, caso a oferta de água para irrigação no estado não seja ampliada. “O Perímetro Irrigado do Ceará tem água com qualidade e em abundância, por isso acabamos nos deslocando para lá. Este é o primeiro grande problema estrutural do RN: a falta de recursos hídricos suficientes em tempo de seca”, justificou o empresário. Os poços da Agrícola no RN ou secaram ou salinizaram, com a seca.
Fonte: Andrielle Mendes / Tribuna do Norte/Márcio Melo
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