domingo, 10 de fevereiro de 2013

Projeto de lei quer 30 dias de licença-paternidade


Hora de agir para ampliar a (vergonhosa) licença-paternidade no Brasil





Imagine. Só imagine... Se logo depois de ter seu filho ou filha, você pudesse ter seu marido em casa durante um mês todinho.
Em vez de ficar apenas vergonhosos cinco dias corridos longe do trabalho, como manda a lei atual, a licença paternidade dele duraria um mês. 

Um mês para te apoiar, seja na questão física ou emocional: para ficar com o bebê enquanto você dorme um pouco ou toma um banho tranquila; para te pegar água naquelas horas de sede durante a amamentação; para cuidar dos "pepinos" da casa e você não ter que se preocupar com isso - e poder focar só no seu recém-nascido.
Um mês para dar uma maior atenção aos irmãos, que podem ter crises de ciúmes nessa época. 
Um mês para compartilhar as dúvidas contigo, para ouvir seus desabafos, para rir junto de cada nova fofice que o bebê fizer. 



Um mês para que o pai pudesse realmente ficar com seu filho, dar banho, aproveitar muitos momentos juntos nesse comecinho de vida tão especial. Que pai não gostaria disso?


"Ah, Mariana, você está querendo demais!"  Eu já ouvi isso algumas vezes.


Será que estou mesmo? Porque as mães e os bebês em outros países podem contar com a presença dos pais muito mais tempo em casa e a gente não?
Aliás, eu acho um mês algo bastante pé no chão em se tratando de Brasil. Porque se fosse para sonhar mesmo, eu queria uma realidade parecida com a da Noruega, em que os pais podem tirar dois meses e meio de licença-paternidade pagos. Fora isso, eles podem tirar uma parte - um mês ou mais - do quase 1 ano de licença da mãe. 



Essa ideia, de dividir a licença, também acontece na Suécia, onde a licença total é de 480 dias, e em outros países. Não é incrível?


Bem, voltando para a nossa realidade... O que podemos fazer a respeito? Acho que a primeira é se informar, tentar conscientizar outras pessoas do benefício que uma licença-paternidade mais longa traria para família toda e para a sociedade como um todo. Afinal, dizer que cuidar do filho é papel somente da mãe é um pensamento atrasado e machista. E não é esse o mundo que eu quero deixar para minha filha.


Fora isso, uma boa ideia é assinar um abaixo-assinado online. Quando a participação é grande, eles ajudam a pressionar os políticos a se mexerem e aprovarem as leis que a sociedade quer. 
Um bom exemplo é a petição do site da Avaaz, que já foi assinada por mais de 10 mil mães e pais brasileiros. Ela defende a aprovação do um projeto de lei (879/11) pela licença-paternidade de 30 dias e vai ser levada para a Câmara dos Deputados.



O texto do abaixo-assinado diz assim: 
A ausência paterna sobrecarrega a mãe, que se encontra no delicado período puerperal, cuja duração é de 30 a 45 dias após o parto, muitas vezes em pós-operatório, com limitações físicas e carências psíquicas, e que necessita ser auxiliada nos cuidados imediatos do bebê

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