quarta-feira, 3 de abril de 2013

Em Porto Velho, 25 mil operários de hidrelétricas entram em greve 


Vinte e cinco mil trabalhadores das usinas hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, em Porto Velho, entraram em greve  nesta terça-feira (2). As duas obras são apontadas como as maiores em andamento do país.

Os operários pedem 18% de reajuste sobre seus vencimentos brutos e a elevação dos valores da cesta básica, dos atuais R$ 270 para R$ 400.
As negociações são parte do acordo coletivo de trabalho 2013/2014, com vigência a partir de 1º de maio de 2013 e foram iniciadas 60 dias antes do vencimento da data-base.
Os consórcios Energia Sustentável do Brasil (Jirau) e Santo Antônio Energia ofereceram um aumento de 10% e elevação da cesta básica para R$ 310. Em assembleia geral,  os funcionários das construtoras Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrz, Suez Energy, Eletrosul, Chesf e do Grupo Industrial do Complexo Madeira rejeitaram a contraproposta.
"Não haverá acordo com esses números apresentados pelas empresas. Vamos aguardar que os patrões nos chamem para nova negociação", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil, Raimundo Soares. 
O comunicado de greve será levado pelo sindicato aos trabalhadores da noite. Muitos trabalhadores tomaram carona nos veículos das empresas em direção a Porto velho (20 km desde Santo Antônio e 119 km desde a usina de Jirau).
Em nota, Consórcio Construtor Santo Antônio diz confiar em entendimentos rápido para a retomada imediata das obras.
"Cumprimos rigorosamente a legislação trabalhista em vigor. Todas as propostas levadas pelo Sindicato para a aprovação dos trabalhadores foram concebidas após longo processo de negociação com o sindicato, a fim de evitar greves", diz a nota.
A reportagem não conseguiu contato com o consórcio de empresas da hidrelétrica Jirau. 

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