quinta-feira, 2 de maio de 2013

Flu convive com aperto financeiro e cogita venda de Nem no 2º semestre

Nem recebeu sondagens de times da Europa na última janela de transferências

As penhoras e dívidas pelo não pagamento de impostos, contraídas entre 2007 e 2010, têm dificultado a rotina financeira do Fluminense. Para conseguir quitar os salários em dia, pagar os tributos atuais e antigos, a diretoria já admite internamente que terá que vender um jogador até o final da temporada. O favorito é Wellington Nem, que recebe constantes sondagens de clubes europeus e tem um dos valores de mercado mais altos do atual elenco.
A situação só não é mais delicada pois os pagamentos dos direitos de imagem e salários das grandes estrelas, como Fred, Deco e Thiago Neves, são feitos pela Unimed, patrocinadora do clube. Assim, mesmo que a diretoria tenha que fazer uma 'ginástica' para manter seus compromissos com credores, a estrutura do futebol continua funcionando sem muitos problemas. Qualquer negociação pelo jogador, porém, só aconteceria após o fim da participação tricolor na Copa Libertadores.

O departamento de futebol diz que o foco da equipe está na disputa do torneio internacional e que não comenta especulações, mas já realizou conversas para estudar qual a melhor maneira de conseguir receitas sem ter um prejuízo técnico grande. Wellington Nem está avaliado em mais de R$ 25 milhões, e a venda traria novo fôlego financeiro ao clube, que detém 70% dos seus direitos econômicos.
No passado, Wellington Nem rejeitou propostas de CSKA-RUS e Napoli-ITA para continuar no Fluminense e conquistar títulos. A oferta dos russos em dezembro de 2011, de quase R$ 10 milhões, agradou aos dirigentes tricolores, mas o jogador bateu o pé e decidiu ficar. Porém, os mandatários do clube acreditam que agora o camisa 11 aceitaria sair, já que conquistou dois títulos importantes pelo clube em 2012 (Estadual e Brasileiro) e deseja conquistar mais espaço na seleção brasileira.
Plano B

Outra opção estudada pela diretoria é a venda de jovens revelados em Xerém, como os atacantes Marcos Junior e Samuel. Ambos tiveram bom desempenho desde que subiram ao profissional e também receberam sondagens de clubes do exterior. Se por um lado, a equipe manteria um importante titular para a competição nacional, por outro, a receita com a negociação dos atletas mais novos seria menor.

Além disso, o Fluminense também age na esfera jurídica, tentando conquistar uma decisão favorável para que as penhoras nas verbas de transmissão da TV Globo sejam menores. O débito não pode ser negociado em acordo administrativo, como acontece com o Ato Trabalhista, e o time das Laranjeiras tenta uma decisão na Justiça para que as execuções tenham um limite que não atrapalhe tanto o fluxo de caixa durante a temporada. 

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