domingo, 5 de maio de 2013

Santos bate Mogi nos pênaltis e vai à final por tetra inédito


Edu Dracena comemora o gol de empate do Santos com os torcedores presentes em Mogi
Edu Dracena comemora o gol de empate do Santos com os torcedores presentes em Mogi

O Santos sofreu mais do que esperava, mas avançou depois de empatar com o Mogi Mirim por 1 a 1 no tempo normal. Nos pênaltis, Rafael foi herói de novo, pegou dois pênaltis e garantiu o 5 a 4 e a vaga na final do Paulista. Campeão em 2010, 2011 e 2012, o time de Neymar terá pela frente a chance de conquistar o inédito tetracampeonato estadual.
Se bater São Paulo ou Corinthians, rivais que jogam neste domingo a outra semifinal do Estadual, o Santos será o primeiro time a vencer o Paulista quatro vezes consecutivas. Até hoje, o próprio clube da Vila Belmiro só teve a chance do tetra uma vez, nos tempos de Pelé, mas perdeu o torneio de 1963 para o Palmeiras.

No torneio deste ano, já é a segunda vitória nos pênaltis de um time que ainda não convenceu seu torcedor. Nas quartas, a equipe de Muricy Ramalho também empatou contra o Palmeiras, na Vila Belmiro, e avançou nas penalidades, com Rafael saindo como herói.
Do outro lado, o Mogi e sua torcida, que lotou o estádio Romildão, lamentam bastante. O clube que revelou Rivaldo nos anos 1990 chegou à semifinal com a segunda melhor campanha da primeira fase e o melhor ataque do torneio, com 43 gols.
Comandada pelo técnico Dado Cavalcanti, a equipe interiorana vencia até os 31 minutos do segundo tempo, mas viu a chance de ir a uma final inédita de Estadual escorrer pelas mãos depois do gol de Edu Dracena, aos 31 minutos do segundo tempo.
Só que o time do interior sai da competição com méritos. Mais uma vez, o Mogi Mirim não aceitou o papel de zebra ou surpresa. Desde o início, os donos da casa propuseram jogo e bateram de frente com o Santos que, por sua vez, também tentou fazer seu papel, apesar da dificuldade de organização.
Durante quase todo o primeiro tempo, o Santos apostou no trio Montillo Neymar e Cícero na armação das jogadas para Montillo. Em só uma oportunidade a tática realmente funcionou, aos 37 minutos, mas o cruzamento rasteiro de Cícero passou um pouco à frente do argentino, que não conseguiu fazer o gol nem tentando de carrinho.
Se no ataque o Santos sofria com a marcação do Mogi, mas ao menos tentava, na defesa a história era bem diferente. Mesmo sem um futebol encantador, o time interiorano soube aproveitar buracos na equipe de Muricy Ramalho, especialmente nas laterais. Felipe Anderson, improvisado na direita, e Léo, perdido na esquerda, deram muito espaço aos jogadores rivais.
Em um desses lances, aos 44 minutos, Val cruzou da direita e Roni apareceu absolutamente livre, entre os dois zagueiros, para cabecear e abrir o placar.
O gol pouco antes do intervalo em um jogo que até então estava equilibrado abalou o Santos. Ao voltar para a etapa final, Dado Cavalcanti já adiantou o que seria o tom de seu time, prometendo manter o Mogi na frente, apesar de uma atenção especial à marcação.
Aos 9 minutos, o Santos perdeu Montillo, com uma lesão muscular, e sobrecarregou Neymar na criação. O craque santista parou na marcação do Mogi e contou com pouca colaboração de seus companheiros, que não estiveram bem em termos de movimentação.
O Mogi, por sua vez, assustava nos contra-ataques. Depois de uma bela jogada de Val, aos 14 minutos, Henrique bateu à queima-roupa dentro da área, mas Rafael fez grande defesa. Em pelo menos outros dois lances, os atacantes dos donos da casa deixaram Edu Dracena e Durval em situação complicada.
O jogo parecia estar sob o controle do Mogi Mirim, mas o Santos aliou sorte à competência. Aos 31 minutos, Neymar cobrou falta, Cícero desviou e o goleiro Daniel fez grande defesa. No rebote, Miralles cruzou para Edu Dracena, que subiu mais alto que todo mundo, compensou os erros cometidos e cabeceou para empatar.
Com os pênaltis em vista, os dois times reduziram o ritmo e decidiram não se arriscar tanto até o apito final. Os únicos momentos de maior apreensão foram as faltas a que o Mogi Mirim teve direito na lateral defendida por Felipe Anderson. Foram só sustos, no entanto, e o apito do juiz mandou a decisão da partida para a marca de cal. 
Na hora decisiva, apreensão dos dois lados. Miralles e Renê Jr. perderam para o Santos e Carlos Alberto e Juninho para o Mogi, levando a disputa para as cobranças alternadas. Depois da sétima tentativa dos dois lados, a equipe da Vila avançou depois de uma bela defesa de Rafael na batida de Roni.




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