Do Uol - A chuva forte que atingiu São Paulo, entre a tarde e a noite de ontem (22), provocou estragos na zona sul da capital e na Grande São Paulo. Os transbordamentos de um piscinão e de córregos alagaram ruas, casas e provocaram os desabamentos de muros e lajes de casas. Não há informações de vítimas.
No Jardim Maria Sampaio, moradores relatam terem perdido tudo com o transbordamento de um rio e de um piscinão no bairro. O pintor João Cecílio Nepomuceno Passos disse que a força da água foi tão forte que provocou a queda de muros e o telhado da sua casa na rua Marechal João Carlos Barreto.
"Escutei um ruído e o muro dos fundos rompendo, sai correndo de casa. Só deu tempo de salvar meus dois filhos, o gato e o cachorro" disse Passos. A mulher do pintor não estava em casa no momento do alagamento, mas quando soube ficou abalada.
Passos reclama que tentou falar com a prefeitura e bombeiros e não conseguiu. Os próprios moradores quebraram o muro de uma casa para resgatar uma idosa que teve a casa invadida pela água. Segundo o pintor, até as 2h desta quinta-feira ninguém havia aparecido no local para prestar assistência.
Do outro lado do rio que separa São Paulo da cidade vizinha Taboão da Serra (Grande São Paulo), por volta da 1h30 equipes da prefeitura de Taboão faziam a limpeza das ruas.
Carros também foram arrastados pela força da água por cerca de 2 km, dois deles foram parar dentro de um córrego que divide São Paulo de Taboão.
Revoltados os moradores colocaram os móveis destruídos pela chuva na rua e atearam fogo, por volta da 1h30. Um carro também foi incendiado. Carros da Polícia Militar observavam a distância o protesto dos moradores.
No Jardim Figueira Grande, houve o desabamento de uma casa na Estrada do Riviera, à 0h40. Ao menos nove equipes dos bombeiros e uma equipe do canil do Ipiranga foram ao local para prestar socorro. Segundo os bombeiros, não havia moradores no imóvel.
GRANDE SÃO PAULO
A chuva também causou transtornos aos moradores de Osasco (Grande São Paulo), na noite de ontem. Houve transbordamento de córrego, alagamento de ruas e comércios, no centro da cidade.
O comerciante Gilson Alves de Oliveira disse que ao menos 12 carros ficaram submersos no subsolo do seu estacionamento na rua Felipe Antonio Nader, no centro da cidade, por volta das 19h30 de ontem. O estacionamento tem capacidade para cerca de 45 carros e no momento do alagamento havia 25 estacionados. Outros 13 carros não foram danificados.
Segundo Oliveira, devido ao transbordamento de um córrego na avenida Maria Campos outros estabelecimentos comerciais também foram afetados pela inundação.
" Tenho o estacionamento há 13 anos e nada muda, a prefeitura não faz nada, ninguém vê nada", reclama Oliveira.
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