sexta-feira, 4 de abril de 2014

Dez presos fogem de presídio no Complexo de Pedrinhas, em São Luís/MA

Dez presos fugiram do Presídios São Luís 2, localizado no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, na noite desta quinta-feira (3). Outros dois internos tentaram fugir, mas ficaram feridos ao tentar passar pela cerca do muro de proteção da unidade prisional.

Os presos estavam lavando o pátio usado para banho de sol, aproveitaram o descuido da segurança para fazer uma teresa (espécie de corda feita com lençóis) e subir na grade de proteção do teto. O grupo serrou os vergalhões da grade e pulou para a área externa do presídio.
Segundo informações da polícia, nenhum monitor ou funcionário do presídio disse ter visto a movimentação dos presos. A polícia disse ainda que durante a limpeza da quadra nenhum monitor solicitou ajuda da PM (Polícia Militar), que faz a guarda externa da unidade, para reforçar na segurança dos internos que lavavam a área.
Segundo a Sejap (Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária), equipes da PM, da Força Nacional, do Batalhão de Choque e do Geop (Grupo Especial de Operações Penitenciárias) foram acionados para fazer varredura na área na tentativa de recapturar os fugitivos. Até agora nenhum foi recapturado.
A Sejap não divulgou o nome dos fugitivos, nem dos dois presos que ficaram feridos durante a fuga.
A secretaria informou ainda que o chefe do plantão da penitenciária foi afastado e que foi aberta uma sindicância para investigar se houve facilitação para os presos fugirem.
É o segundo caso de fuga em Pedrinhas em uma semana. No último domingo (30), quatro presos fugiram por um túnel escavado na cela 14, do bloco B, do presídio São Luís 1.

Crise

O sistema prisional do Maranhão vive uma crise. Em 2013, o complexo de Pedrinhas registrou 60 assassinatos de presos. Em 2014, seis presos foram mortos no local --em todo o Estado, foram nove. Um relatório do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) mostrou que o domínio de facções criminosas que agem dentro dos presídios maranhenses deixa as unidades prisionais "extremamente violentas", causando diversos assassinatos e estupros, e acabam comprometendo a segurança do local.
Após a inspeção do CNJ, o governo do Estado determinou que a PM assumisse a segurança dos seis presídios que compõem o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no dia 27 de dezembro.
A crise no Maranhão foi intensificada no dia 3 de janeiro quando quatro pessoas ficaram feridas e uma menina morreu após serem atingidas por um incêndio ordenado por líderes de facções criminosas que agem dentro de Pedrinhas.

Fonte: Uol

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