De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Mossoró apresentou saldo negativo de 427 postos de trabalho no primeiro trimestre de 2014. Já no mesmo período do ano passado o município teve saldo negativo de 1.840 empregos formais gerados.
O ano de 2014 começou bem em relação à geração de postos de trabalho na cidade, pois foram assinadas 3.202 carteiras de trabalho contra 2.518 demissões, o que deixou o município com saldo positivo de 684 postos de trabalho em janeiro, quando o município foi o segundo que mais gerou empregos no Estado. Contudo, no acumulado dos dois primeiros meses do ano, Mossoró amarga um saldo de apenas 29 empregos gerados, uma vez que fevereiro registrou um decréscimo de 655 vagas de trabalho.
Em março deste ano, a cidade acumulou um saldo negativo de 477 postos de trabalho, ficando na última posição do ranking de geração de empregos entre as 17 cidades com mais de 30 mil habitantes no Rio Grande do Norte. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou que, no mês passado, foram criados 1.934 postos de trabalho formais em Mossoró, ao mesmo tempo em que houve 2.411 demissões.
Ainda de acordo com o Caged, durante todo o ano passado, o aumento no número de empregos formais em Mossoró foi de 1.640.
Economista explica o decréscimo na geração de empregos formais nos primeiros meses do ano
Professor de Economia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), José Mairton explica que é comum obter balanço negativo no saldo de empregos formais no primeiro trimestre de cada ano por causa dos desligamentos de empregados com contratos temporários motivados pelo período natalino.
"É normal haver esse decréscimo nos postos de trabalho porque muitas das pessoas que são contratadas pelo comércio a partir de setembro para atender à demanda da época de Natal e fim de ano começam a ser despedidas até março. O volume de demissões pode assustar a princípio, mas analisando o balanço anual vemos que são abertos mais postos de trabalho que demissões", conta.
Como explicação para o saldo final positivo na geração de empregos com carteira assinada no ano passado na cidade, José Mairton aponta como responsável o setor privado, sobretudo na área de serviços, e os pequenos empreendimentos.
"Temos na cidade o caso de uma grande empresa de call center que se instalou e abriu muitos postos de trabalho. Mesmo com a crise gerada pelas incertezas políticas que afetam diretamente a economia, isso ajudou o município a obter um saldo positivo de mais de 1.600 empregos", disse o professor.
Fonte: Márcio Melo via http://omossoroense.uol.com.br/index.php/o-jornal/cotidiano-mobile/63488-mossoro-perde-quase-500-postos-de-trabalho-no-primeiro-trimestre
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