domingo, 6 de abril de 2014

PA: família de piloto diz que vai pagar do próprio bolso buscas por avião desaparecido


Após a FAB (Força Aérea Brasileira) deixar de procurar pelo avião desaparecido na mata no Pará, as famílias dos cinco ocupantes garantem que vão pagar e organizar os trabalhos de busca por conta própria. A Aeronáutica sobrevoou por 17 dias a região onde o bimotor teria caído, mas, sem sucesso, abortou a missão.

A filha do piloto Luiz Feltrin disse ao R7 que dois aviões da empresa de táxi-aéreo da família fazem sobrevoos na região. Segundo Jéssica Feltrin, a FAB alegou que já havia estourado o orçamento disponível para as buscas.
— Os oficiais da Força Aérea deram o melhor de si, com certeza. Mas, infelizmente, no nosso País as ordens vêm de cima. Não foi decisão deles. A FAB alega que o orçamento já foi além do programado e que eles não poderiam continuar por esse motivo.
Ela ainda conta que após receber a informação de que a Aeronáutica não participaria mais da tentativa de localizar a aeronave, a sensação foi de “tristeza e desespero”.
— O sentimento que fica não é em relação à FAB, é em relação ao País não ter orçamento para continuar procurando cinco pessoas perdidas na mata. A gente tem uma empresa de táxi-aéreo e paga muita tarifa aeroportuária, para a Anac [Agência Nacional de Aviação Civil], de horas de voo, e na hora que a gente precisa, não tem retorno disso. O sentimento é de impotência.
A aeronave, um bimotor Beechcraft Baron, deixou a cidade de Itaituba com destino a Jacareacanga no dia 18 de março. Além do piloto, estavam a bordo: o motorista Ari Lima; e as técnicas de enfermagem Luciney Aguiar de Sousa, Raimunda Lúcia da Silva e Rayline Sabrina Brito Campos. Essa última chegou a enviar mensagens de texto ao tio informando sobre uma forte tempestade e também que um dos motores do avião tinha falhado.
Jéssica conta que o bimotor nunca teve qualquer problema e diz acreditar que o pai fez tudo o que foi possível. Enquanto as buscas continuarem, ela diz que não vai perder as esperanças.
— Aqui já tivemos muitos outros acidentes parecidos aqui na região em que as pessoas sobreviveram até 60 dias na mata. Então, tudo é possível. Por isso que a gente não desiste. Nós vamos até que a gente encontre ou até que se esgotem as nossas possibilidades financeiras. 
Outro lado
Em nota, a FAB nega que as buscas tenham sido paralisadas por questões orçamentárias. A Força Aérea ainda diz que “na operação de busca em questão, toda a área foi coberta diversas vezes, com diferentes padrões de busca e por diferentes aeronaves [aviões e helicóptero], gerando uma redundância que chega a um total aproximado de nove vezes o tamanho da área”. Segundo a Aeronáutica, um helicóptero Black Hawk retornou à região na sexta-feira (4) para averiguar pontualmente novas informações.
Fonte: R7

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