Defesa oficializa pedido de cela especial para Mizael, diz TJ
O promotor de Guarulhos Rodrigo Merli e os advogados de defesa do ex-policial Mizael Bispo de Souza, acusado de matar a ex-namorada Mércia Nakashima em 2010, protocolaram na Justiça nesta segunda-feira (27) um pedido de sala de Estado Maior --prisão especial dentro de um Comando das Forças Armadas ou de outras instituições militares destinada a policiais. A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
O pedido, segundo o TJ-SP, foi encaminhado para o Ministério Público e a previsão é que uma resposta seja divulgada amanhã (28). Se positiva, ele será transferido para uma sala especial em qualquer batalhão.
Audiência do caso Mércia Nakashima
Foto 12 de 13 - O réu Mizael Bispo de Souza, acusado de matar a ex-namorada Mércia Nakashima, sorri durante segundo dia de audiência do processo no Fórum de Guarulhos, na Grande SP Mais Robson Ventura/Folhapres
O advogado e policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza, acusado pela morte da advogada Mércia Nakashima, se entregou na tarde da última sexta-feira (24) no Fórum de Guarulhos. Ele teve a prisão decretada em dezembro de 2010, pelo juiz da Vara do Júri de Guarulhos, Leandro Jorge Bittencourt Cano, e permaneceu foragido desde então.
Nesse período, a defesa do acusado fez vários pedidos de habeas corpus, mas todos foram rejeitados --o último pelo STF (Supremo Tribunal Federal), na sexta-feira (17).
Uma semana antes, os advogados de Mizael protocolaram no STF pedido para que o processo seja transferido da Comarca de Guarulhos --onde atualmente está e cidade em que a vítima residia-- para Nazaré Paulista, local em que Mércia foi morta.
- Ficha de Mizael Bispo de Souza na página de procurados da Polícia Civil de São Paulo
- Evandro Bezerra da Silva, acusado de ser o comparsa de Mizael
Entenda o caso
Depois de desaparecer em 23 de maio de 2010 após sair da casa dos avós em Guarulhos, Mércia foi achada morta em 11 de junho em uma represa em Nazaré Paulista. O veículo onde ela estava havia sido localizado submerso um dia antes. Segundo a perícia, a advogada foi agredida, baleada, desmaiou e morreu afogada dentro do próprio carro no mesmo dia em que sumiu. Ela não sabia nadar.
Para o Ministério Público, Mizael matou a ex-namorada por ciúmes e o vigilante Evandro Bezerra da Silva o ajudou na fuga. Evandro, que chegou a acusar o comparsa e dizer que o ajudou a fugir, recuou e falou que mentiu e confessou um crime do qual não participou porque teria sido torturado.
Mizael é acusado de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. Segundo o Ministério Público, ele matou a advogada por ciúmes, já que não aceitava o fim do relacionamento.
Já o vigia Evandro teria ajudado o advogado a cometer o assassinato. Ele responde pelos crimes de homicídio duplamente qualificado (emprego de meio insidioso ou cruel e mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima) e ocultação de cadáver.
Fonte: Portal Uol
Por Márcio Melo
Fonte: Portal Uol
Por Márcio Melo
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