quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Mercado brasileiro de flores deve crescer 15% na comparação com 2011

São Paulo – O mercado brasileiro de flores, na contramão de setores que foram pressionados pela crise internacional, tem se expandido a cada ano, segundo o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor). Desde 2006, o segmento tem registrado taxas de crescimento entre 15% e 17% e emprega, atualmente, 194 mil pessoas. Para este ano, o instituto espera que o setor cresça, em média, 15%, na comparação com 2011, movimentando R$ 4,5 bilhões.
O município de Holambra, a 148 quilômetros da capital paulista, concentra 40% da produção nacional de flores e plantas ornamentais e sedia anualmente a Expoflora – feira que começa amanhã (30) e mostra as tendências do setor de flores e plantas ornamentais no país.
O presidente do Ibraflor, Kess Schoenmaker, explica que o setor aposta no mercado interno para alcançar índices de crescimento tão favoráveis. “O brasileiro gosta de consumir flores e plantas. Com a melhoria da renda, esses produtos passaram a ser uma opção de compra”. De acordo com o instituto, o consumo médio anual no Brasil chega a R$ 20 per capita, enquanto em alguns países da Europa, o valor alcança R$ 140 per capita.
“Podemos dobrar o volume de consumo per capita [brasileiro]”, estima. Ele aponta que, embora o Sul e o Sudeste sejam os maiores consumidores, houve um aumento significativo nas outras regiões. “Norte, Nordeste e Centro-Oeste são as que mais crescem. A gente não tem ainda um número de quanto isso representa, mas pela sondagem com os produtores, a gente sabe que está ampliando bastante”, explica.
Além do poder de compra do brasileiro, o presidente destaca outros fatores que contribuíram para o desenvolvimento do setor, como aumento dos pontos de venda e durabilidade do produto. “Todos os supermercados vendem flores e plantas hoje em dia”. Além disso, para ele, os produtores estão mais preocupados em agradar ao consumidor nacional. “Ninguém está preocupado em exportar, porque o custo é alto.”
De acordo com o presidente do Ibraflor, a Expoflora é uma forma de impulsionar ainda mais o consumo interno, mas explica que não é possível estimar o percentual de contribuição da feira para as vendas do setor. “É uma mostra que encanta e aproxima as pessoas desse universo”, avalia. O coordenador da mosta, Paulo Fernandes, acredita que a exposição é um laboratório para os produtores avaliarem quais produtos devem lançar nos próximos meses. “É uma vitrine do que será feito no mercado nacional”, explica.
Participam da feira 170 produtores, que vão expor mais de 2 mil variedades de plantas, até 23 de setembro. Durante quase um mês, devem ser vendidas cerca de 800 mil unidades de flores. “Nesse período, devem ser injetadas na economia de Holambra, R$ 20 milhões, incluindo toda a infraestrutura turística”, estima o coordenador.
Fernandes destaca como uma das novidades da Expoflora deste ano a super miniorquídea, planta desenvolvida com o cruzamento de variedades diferentes, que resultou em flores que medem, no máximo, 4 centímetros.
Os ingressos para a Expoflora custam até R$ 30 e podem ser adquiridos no local ou, antecipadamente, com representantes da feira, que podem ser conferidos no endereço eletrônico www.expoflora.com.br.

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