Governo quer mostrar fotos de foragidos na TV
O governo do Estado tenta fechar um acordo com um canal de TV para mostrar à população imagens dos criminosos mais procurados pela polícia. Será a primeira vez em que a Secretaria da Segurança Pública seguirá o modelo da polícia americana e fará divulgação de fugitivos na televisão, nos intervalos da programação. Hoje, a lista de procurados é exibida na internet, no site da secretaria, mas sem um esforço maior de publicidade.
O canal no qual será apresentada a campanha não deverá cobrar pelos anúncios, segundo o projeto em desenvolvimento. Uma empresa ainda será contratada para produzir a campanha de vídeo. A mensagem deverá incentivar as pessoas a ligar para o Disque-Denúncia (181), serviço feito em parceria do governo com o Instituto São Paulo (ISP).
O serviço de denúncias anônimas por telefone está em análise para uma reformulação da sua estrutura. A assessoria do ISP diz que ainda não há nada concreto, mas, como a coluna Direto da Fonte informou ontem, há o projeto de pagar recompensa às pessoas que derem informações sobre procurados. Nesse tipo de contato, o informante terá de revelar sua identidade ao dar a pista dos criminosos.
"Toda essa exposição ajuda", diz o coordenador do Disque-Denúncia do Rio de Janeiro, Zeca Borges. "O criminoso não vive no meio de outros criminosos, ele vive no meio de pessoas de bem. Na hora em que aparece a foto, a camuflagem desaba."
O Instituto Brasileiro de Combate ao Crime - ONG responsável pelo serviço de denúncias no Rio, Recife e em São Luís - já tem campanhas na televisão, nos jornais e nas redes sociais.
R$ 100 mil. No Rio, desde 1996, são oferecidas recompensas por informações que levem à prisão de suspeitos e foragidos. "Já pagamos R$ 100 mil por informações que esclareceram o assassinato de um jornalista em São Luís", diz Borges.
No site do Disque-Denúncia do Rio, por exemplo, há um prêmio de R$ 5 mil para quem der pistas sobre o traficante Pezão. / L.B.F.
A polícia internacional (Interpol) procura mais de cem brasileiros em todo o mundo. Teoricamente, eles podem ser presos em qualquer um dos mais de 180 países com representação da Interpol - desde que o pedido de prisão seja fundamentado e aceito pela Justiça local. Na lista. com nomes procurados há anos, estão o médico Roger Abdelmassih (acusado de estuprar pacientes) e Paulo Maluf (por fraude nos Estados Unidos).
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