O corpo do metalúrgico Douglas Henrique de Oliveira Souza, 21, será enterrado nesta sexta-feira (28) na cidade mineira de Curvelo, na região central de Minas. Ele morreu após cair do viaduto que dá acesso ao Mineirão, perto do local onde houve confronto com a PM.
Douglas, que trabalhava também como auxiliar em uma empresa de logística, estava acompanhando a manifestação com alguns amigos pela segunda vez. No último sábado ele também esteve lá, para reivindicar mudanças no país.
A mãe dele, Neide Souza, tinha medo e o alertava para os riscos, segundo a irmã, Letícia Souza. "Perdeu uma vida por nada, a troco de nada", disse ela, que falou dos alertas da mãe para "tomar cuidado e correr de confusão". "Se tiver vândalos, sai", disse.
Contudo, a irmã tem orgulho do irmão por ele ter tido a "coragem" de ir à manifestação para reivindicar. "Ele estava lá representando quem não pôde ir, quem não teve coragem de ir."
Pedro caiu de uma altura de aproximadamente cinco metros. A família ainda não sabe o que aconteceu. Inicialmente, um tio disse que ele teria tentado pular de um viaduto para o outro. Não conseguiu e caiu pela fenda. A polícia ainda investiga.
Seis pessoas já caíram do viaduto nas três manifestações realizadas no entorno do Mineirão. Um deles, Luiz Felipe Aniceto, 22, caiu no último sábado. Ele está internado no UTI e respira com ajuda de aparelhos. O quadro é grave.
Daniel de Oliveira Martins, 28, também caiu anteontem e sofreu fratura exposta em um dos braços. Ele já foi para casa.
O local onde os manifestantes caíram não é local para pedestre. Apenas carros transitam por ali. A mureta é baixa. Por ser um ponto alto, o viaduto oferece às pessoas uma boa visão da manifestação e dos confrontos travados com a PM, 500 metros à frente.
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