sexta-feira, 6 de junho de 2014

No Rio Grande do Norte, as pesquisas eleitorais são guardadas a sete chaves

Saiu mais uma pesquisa do Datafolha na corrida presidencial. A de junho. Dilma Rousseff (PT) está com 34% - caiu 10 pontos percentuais desde fevereiro. 
Aécio Neves (PSDB) aparece com 19% das preferências e Eduardo Campos (PSB) com 7%. Pasto Everaldo (PSC) tem 4%.

13% não sabem em quem votar e outros 17% afirmam votar nulo. O Datafolha entrevistou 4.337 pessoas entre terça (3) e quinta (5) em 207 municípios brasileiros. 
A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE sob o número BR-00144/2014.
O brasileiro segue acompanhando a série de pesquisas dos principais institutos brasileiros na sucessão presidencial - Datafolha, Ibope, Vox Populi, CNT/Sensus, entre outros.
Já o norte-rio-grandense não tem o direito de informação. Há muito tempo as pesquisas não são divulgadas em série para que o eleitor possa ter uma noção do desempenho deste ou daquele candidato.
No Rio Grande do Norte, as pesquisas eleitorais são guardadas a sete chaves. São para consumo interno dos partidos e eventuais coligações. O eleitor permanece no escuro.
Nem sempre foi assim. No início deste século 21, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte promoveu, salvo engano, uma série de pesquisas nas campanhas eleitorais entre 2002 a 2008.
O Sindicato da Construção Civil - Sinduscon - também promoveu uma série de pesquisas eleitorais na campanha municipal de 2012 em Natal.
Agora, não. A pesquisa que existe hoje é a do "ouvi dizer". Ninguém mostra os números. Ninguém registra e publica uma série de pesquisas para o eleitor acompanhar as tendências. Nada.
No nosso Rio Grande do Norte, diferentemente de estados mais desenvolvidos, a divulgação de pesquisas fica a cargo dos potenciais candidatos e grupos políticos. Nós não temos instituições que financiem tal informação de forma isenta. A quase totalidade dos veículos de comunicação está ligada a este ou aquele grupo político. A mídia segue amarrada.
Qualquer pessoa medianamente informada estranha que pré-candidaturas ao governo ou ao Senado não sejam avaliadas publicamente. Que um pré-candidato como Henrique Eduardo Alves (PMDB), lançado há mais de 2 meses, não apresente números sobre seu desempenho eleitoral. Que o público não saiba nada sobre o desempenho do pré-candidato Robinson Faria (PSD). Que ninguém possa saber a preferência por Wilma da Faria (PSB) ou por Fátima Bezerra (PT) para o Senado.
Eu sei que as pesquisas estão sendo realizadas todos os meses e, em alguns casos, semanalmente. Há candidato que trabalha com três, quatro institutos de pesquisa. Mas ninguém divulga nada.
É lamentável a falta de informação sobre as pesquisas de opinião no Rio Grande do Norte. Elas surgem na mídia potiguar quando interessam a determinado grupo político. Isso é de uma pobreza franciscana.
Quando realizadas de maneira idônea e de acordo com as regras da Justiça Eleitoral, as pesquisas de opinião são peças importantes em qualquer processo democrático. Só quem ganha é o eleitor.
Fonte: Blogue do Diógenes/No Minuto

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