A onda de ataques entre parlamentares nas Câmaras de vereadores do Brasil chegou em Itaú, mesmo pregando harmonia inédita. Existe um ditado que diz: “Nunca julgue uma pessoa pela aparência”, daí eu digo “Nunca subestime uma sessão de vereadores harmônicos por sua pauta”. Digo isso porque saí nesta quarta-feira, 25 de março de 2015, para participar de uma Sessão Extraordinária na Câmara Municipal de Itaú, pesando comigo mesmo que não teria nada que chamasse a atenção da comunidade itauense, ao ponto de ganhar uma matéria de destaque. Mim enganei! A matéria de capa veio, mesmo quando tudo parecia que ia acabar na harmonia pregada pelos vereadores da casa.
Tudo começou quando na verdade deveria acabar. No momento das explicações pessoais, prática comum nas sessões, o vereador Paulo Moreira pediu a palavra ao presidente da casa, Antônio Dias, para exigir do Poder Executivo respostas a respeitos dos requerimentos enviados, para poder prestar contas a comunidade itauense. Porque segundo ele, já foi enviados vários requerimentos ao Poder Executivo e não recebeu nem sim, nem não, e a população tem cobrado do vereador uma resposta.
As palavras do Vereador Paulo Moreira ficaram engasgadas na garganta do Vereador Jailson Brito, que esperou o momento das explicações de quase todos os vereadores para pedir a palavra para dizer que se não respondesse as palavras de Paulo, não conseguiria dormir essa noite. Não perdendo tempo ao dizer que o colega vereador teve a oportunidade de fazer isso quando passou dois anos na administração da câmara e não fez o pedido ao executivo, mas que não tinha resposta melhor do executivo, do que as obras que estão sendo feitas na cidade.
Jailson fez lembranças de vários requerimentos de todos os vereadores mostrando as obras realizadas pela administração do Prefeito Ciro Bezerra, como resposta as solicitações, sabendo também que houve requerimentos que não foram atendidos, mas não por falta de interesse do Prefeito Ciro e sim falta de recursos financeiros, mas o gestor encontrava-se em Brasília, justamente tentando conseguir recursos para tais obras, destacando os buracos na pista da avenida principal.
As trocas de farpas começaram a se intensificar quando o vereador Jailson Brito disse que Paulo não precisava de um requerimento para o mesmo sair na rua mostrando ao povo que pediu obra tal.
Na replica, Paulo disse que não estava fazendo um pedido como se fosse um favor, mas estava assumindo o seu papel de fiscalizador do povo, porque o povo está cobrando nas ruas as ações do vereador e o mesmo não tem como comprovar, segundo ele, se foi atendido ou não.
A incitação de Jailson, foi suficiente para fazer com que Paulo se exaltasse ao ponto de dizer que a administração do atual prefeito, se tornou em perseguição política, dando como exemplo a sua cunhada, Lucila, que presta serviço na Maternidade Marcolino Bessa, e a diretora do Maternidade (Edneuza Melo) esconde o livro de pontos para que a mesma não assine, dizendo que não se faz política desse jeito, fazendo alusão de que o vereador Jailson Brito é pau mandado do Prefeito, ao dizer: “Sou vereador, mas sou vereador pra valer. Quando eu cobrar uma coisa eu cobro e ando com minhas pernas, eu não ando com pernas de ninguém”.
Jailson em sua fala, citou que as ações do prefeito tem feito do mesmo, um dos melhores prefeito da região, apesar de no começo da administração ter cometidos algumas falhas. As palavras serviram de escudo para Paulo dizer que tem que dar respostas ao povo e não quer saber se o prefeito faz ou não faz, presta ou não presta, mas quer a resposta, que é um direito seu, para dar resposta ao povo e não a prefeito, reafirmando a perseguição política sofrida pelos seus familiares, dizendo ainda que vai ver a justiça pedindo contas das ações, e o mesmo implorando para ser candidato a um pleito eleitoral futuro, assim como hoje, políticos de Itaú estão tentando uma candidatura e estão impedidos pela justiça eleitoral por ações mal realizadas, ou até mesmo perseguições políticas, segundo o vereador.
A coisa foi esquentando ainda mais na treplica do Vereador Jailson Brito, que não poupou o vereador Paulo, quando o mesmo colocou as funções de trabalhador/vereador de Jailson, em cheque.
Com isso Jailson jogou no ventilador o porque de Paulo está tão indignado com as tomadas de decisões do prefeito Ciro, que segundo Jailson, está fazendo o certo, colocando os funcionários para trabalhar em suas respectivas funções.
Jailson questionou o popular, Stênio sobre a função da esposa de Paulo, pergunto qual era a função dela, obtendo como resposta, professora!, questionando o vereador se a mesma exercia a função a qual era lotada no quadro da prefeitura, o que Ciro fez foi colocar o funcionário Lindomar Moreira (irmão de Paulo Moreira) para exercer sua função de motorista e a esposa (Lucila) em sua função, dizendo que Paulo Moreira ficou com raiva porque havia pedido ao prefeito para liberar sua Katiania (esposa de Paulo) para trabalhar em Pau dos Ferros-RN e Ciro não aceitou e isso não é perseguição política. Esse é o jeito certo de fazer as coisas. Dizendo ainda que quando Paulo era Presidente, pediu o regimento da casa legislativa, e passou-se os dois anos de mandatos e até hoje não recebeu, e estava ali para votar no que era certo e não para fazer as coisas como o prefeito quer. Acusando Paulo de trabalhar, de acordo com seus interesses próprios, pois tudo estava bem, mas quando mexeu com a família ficou magoado, fazendo comparações com os familiares de Paulo que são funcionários como sua esposa (Rosangela) que é professora e assume uma sala de aula com 31 alunos, enquanto que a sogra e esposa dele não exercem as funções designadas. Encerrando dizendo que Ciro está certo e não tem perseguição política. E se Ciro estivesse feito isso desde o começo, hoje as coisas estava melhor ainda do que está para ele.
Na treplica e última fala de Paulo, o mesmo justificou que nunca intercedeu para sua esposa não trabalhar em sala de aula ou não, nunca fez nenhum pedido ao prefeito, colocaram onde quiseram, apenas acha que está errado a perseguição com sua cunhada Lucila que tem dois concursos públicos e é proibida de assinar o livro de ponto pela diretora da Maternidade. Está apenas cobrando o seu direito de legislador, assumindo sua oposição ao prefeito dizendo que não vai fazer coisa errada, vai fazer o certo, quem quiser gostar goste. Encerando suas palavras dizendo que ainda vai passar tudo ao prefeito, em futuro próximo.
A discussão só não prosseguiu porque ambos os vereadores usaram seus direitos de fala na sessão. No entanto, não vamos nos deter nas falas dos vereadores porque todos os detalhes dessa sessão, você acompanhará sábado, na íntegra, aqui pela Rádio Cidade e pelo Blog, a partir das 17 horas (5 a tarde). Agende para não esquecer. Não percam.
* Cidade News
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