O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou, nesta terça-feira (12/10), que o governo só considera estender o auxílio emergencial, que ajudou famílias de baixa renda a sobreviverem na pandemia, se surgir uma nova variante da Covid-19.
A última parcela do benefício será paga em 31 de outubro.
“Se tivermos um aumento na doença, faremos o mesmo que antes: nós aumentaremos os gastos com proteção para os mais vulneráveis. Mas não é isso o que está acontecendo, com vacinação em massa e volta segura ao trabalho”, disse.
Guedes está nesta semana em Washington, na capital dos Estados Unidos, para participar da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI). Durante esta terça-feira (12/10), o ministro conversou com jornais locais. Em participação ao vivo na TV Bloomberg, ele defendeu que o crescimento da economia brasileira não será problema, e sim a inflação.
“As pessoas que perderam a eleição há três anos não respeitaram o resultado e continuam a bater tambores. A gente entende, é a primeira vez que a esquerda perdeu para liberais-conservadores”, alfinetou.
Mais cedo, Guedes também deu entrevista à CNN Internacional. Durante a conversa, o chefe da pasta econômica declarou que o aumento dos preços dos alimentos e da energia são os culpados pela alta do IPCA (indicador que regula a inflação no Brasil) e que a pandemia de Covid-19 fez explodir a inflação em todo o mundo.
Em setembro, o IPCA chegou a 1,16% e e acumula alta de 10,25% em 12 meses. O número é quase o dobro da meta perseguida pelo Banco Central para 2021, de 5,25%.
Logo após essa declaração, o ministro ainda prometeu que o governo ampliaria benefícios sociais. “Vamos aumentar a transferência direta de renda para a população pobre cobrir os preços dos alimentos e da energia”, disse em referência ao Auxílio Brasil, novo nome do Bolsa Família.
Metrópoles
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